Por Evelyn
Mayer
“Se vós, pois, sendo
maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está
nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” Mt 7,11
Mal sabem estes pais (e mães) que
colaboram absurda e ingenuamente para com este programa ideológico e partidário
feminista vigente em nossos tempos. Com a ascensão do feminismo, colocar a
mulher como dona de casa é mantê-la em submissão ao esposo. Ser submissa é
viver sob a opressão machista. Qual a forma “lógica” em “oprimir” o homem,
fazendo-o sentir física, emocional e socialmente o que as mulheres sentiram por
séculos? Fadá-los ao serviço doméstico. E, assim, os filhos crescem sem
compreenderem o que, de fato, representam pai e mãe na sociedade, bem como eles
mesmos.
Em uma sociedade como a nossa, é
fato que a mulher está praticamente vetada ao serviço doméstico. Com uma renda
apertada, pouco tempo e/ou condições para formar-se, o homem tem necessitado do
apoio de sua companheira para que os filhos tenham comida à mesa. A mulher tem
saído de casa mais do que deveria. Não acredito que isso seja culpa dela ou
dele (somente), e sim, de uma sociedade que se descristianizou. Retirando Deus
do centro do universo, racionalizando todo e qualquer pensamento e paradigma
(leia-se “tabu”), nossa sociedade passou a ver cada ser humano como um ser
“unissexualizado”. Logo, homens e mulheres devem ter direitos e deveres como
se, naturalmente falando, fossem iguais, o que não procede.
Não é de hoje que a mulher trabalha
para auxiliar o marido nas rendas de casa. A mulher citada em Provérbios 31, 10-31,
mostra que, além de cuidar do marido e da casa, ela faz trabalhos artesanais
para auxiliá-lo na renda. E a alegria desta mulher está em saber que o coração
de seu marido a ela está confiado (cf. PV 31,11). E isso só foi possível porque
esta é temente ao Senhor. Temer ao Senhor, algo quase que inexistente em nossos
dias.
Cabe a nós, cristãos, lembrar que
neste dia dos pais devemos exaltar o real papel do homem na família: chefe. Devemos, como aqueles que
desejam imitar o Cristo, fazer valer o modelo de família que, antes,
exortou-nos Paulo: “as mulheres sejam
submissas aos seus maridos, como ao Senhor, pois o marido é o chefe da mulher,
como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador [...]
Maridos, amai vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela,
para santificá-la, purificando-a pela água do batismo e pela palavra [...] Em
resumo, o que importa é que cada um ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido.”
(Efésios 5, 22-23; 25-26; 33).Ora, dar ao homem o papel de chefe não é dar-lhe
o mastro de prepotente, mas de zelador. Note que Paulo compara a vocação de
esposo ao de Cristo, evidenciando quão duríssimo é ser esposo quanto espera o
Senhor. Zelar pela esposa, santificá-la, fazer de sua casa um lar que bendiga
ao Senhor (cf. Js 24, 15) é algo possível àquele que em Deus confia.
Cabe a nós, também, esposas,
observar se não estamos “castrando” os nossos maridos. Com o advento feminista,
muitas de nós procuramos tanto nos autorrealizarmos (como se o fato de sermos
donas de casa, esposas e mães fosse um sacrilégio) que acabamos por impedir, e
até mesmo castrar os nossos esposos. Não lhes damos mais o direito de advogar
em nosso favor, não lhes pedimos conselhos tanto quanto deveríamos fazer,
colocamos nossas vontades e direitos acima das deles que estes acabam perdidos
quanto o seu papel neste núcleo familiar. Submissão não é viver à sombra, mas
auxiliar os maridos que nos guiam para Deus. É fazer com que o marido brilhe e
o brilho dele seja também o da mulher, que o apoia, que o consola e serve de
suporte para toda a vida. Nenhuma mulher que faça valer o seu papel de esposa
se sente triste, como pintam as ‘feminazis’. Todas elas sabem que honrar o seu
esposo é papel primordial no caminho da salvação. Sabem que, honrando seus
maridos, seus filhos terão alegria ao ver que o pai é o reflexo de Deus, da
esperança em suas vidas.
Que São José, pai adotivo de Jesus e
benditíssimo esposo da Virgem Santíssima possa abençoar todos os pais neste
dia. Que ele também ensine os homens e as mulheres de nosso tempo viver o
sagrado sacramento do matrimônio como ensinou-nos São Paulo, pois é isto que de
nós espera o Senhor.
Em Cristo.
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