quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Crise de fé.


Por Dom Henrique Soares.

Crise de fé - Dela se fala tanto hoje, sobretudo no interior da Igreja.

Sejamos sinceros: com a secularização generalizada e globalizada, com a fartura invasiva e tentadora dos bens de consumo que cegam nosso coração para o Infinito, para o que não se vê, para o Eterno, com a ilusão de que o homem se basta a si mesmo e sua cultura e sua subjetividade são o critério do certo e do errado, do bem de do mal – velha tentação da antiga Serpente, que é o Diabo e Satanás -, se torna cada vez mais difícil, também dentro da Igreja, no meio dos cristãos.

Sim! Afinal, crer cristamente não é professar teoricamente o cristianismo, mas primeiro que tudo, ser encontrado existencialmente por Jesus, ter Dele uma experiência viva, amorosa, transformadora, contagiante.

Não falo primeiramente em contagiante no sentido de contagiar outros, mas primeiramente contagiante no sentido de contagiar todos os aspectos da nossa própria vida: tudo é colocado debaixo do senhorio de Cristo, tudo é vivido Nele e por Ele, de modo que Ele seja o critério do certo e do errado, do bem e do mal, do luminoso e do tenebroso, da vida e da morte.

Só alguém contagiado assim pode contagiar outros, pode convencer, arrastar outros, porque se torna uma testemunha viva de Jesus, o Cristo.

E aqui, precisamente, está o problema, o nascedouro da crise de fé: tantos e tantos na Igreja já não creem de verdade!

Professam uma fé como ideologia, falam o tempo todo num tal de reino, nuns valores do reino que, na verdade, são os ditames do politicamente correto e de certos modismos do mundo de hoje.

Chega desse reino, chega desses valores!

Crer é aderir a Jesus, amá-Lo, servi-Lo, adorá-Lo, permanecer encantado com Ele, na escuta de Sua santa palavra e do palpitar do Seu Coração!

Quando vivemos assim, então, experimentamos em nós, no íntimo da nossa vida e das nossas atitudes e atividades, o Reino (com R maiúsculo) que Ele trouxe na Sua santa Pessoa, o Reinado do Pai, que é amor, justiça, verdade, paz, doação, comunhão, vida e ressurreição...

O Reino de Deus é o Pai de Jesus reinando em nós, em mim, como reinou em Jesus e por Jesus;

o Reino somente vem a nós na potência do Espírito Santo de Jesus, pois sem Ele ninguém jamais conseguirá deixar efetivamente que Deus reine nas nossas estruturas pessoais ou nas estruturas da sociedade, âmbito da nossa convivência e das nossas relações.

Ora, crer, então, é deixar que Deus reine na nossa vida! É o diametralmente oposto a dizer e pensar que a vida é minha e eu faço dela o que quero!

Deixar o Reino acontecer é dizer, como Santa Teresa, por amor de Jesus e ardendo nele: “Vossa sou, por Vós nasci; que quereis fazer de mim?”

Acolher, viver, testemunhar e anunciar o Reino é missão perene da Igreja.

Mas, atenção:
acolhe-se o Reino acolhendo-se Jesus,
vive-se o Reino vivendo-se Jesus,
testemunha-se o Reino testemunhando-se Jesus,
anuncia-se o Reino anunciando-se Jesus.

Mais uma vez: o Reino é Jesus presente em nós e no mundo pela bendita potência do Seu Santo Espírito; tanto que uma antiga variante do Pai-Nosso segundo Lucas, pedia, no lugar do tradicional “Venha o Teu Reino”, “Venha o Teu Espírito”!


Não tenha dúvida, meu Amigo: os dois pedidos se equivalem plenamente! Deus reina onde há abertura ao Espírito que Jesus Cristo nos dá; sem o Espírito não há nem pode haver manifestação do Reino de Deus!

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

As vocações

Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

         O mês de agosto é o mês das vocações, especialmente as sacerdotais, pois nele se comemora o dia do padre, dia de São João Maria Vianney, o Cura d’Ars, patrono dos párocos e modelo para todos os padres do mundo.


       Vocação vem do latim “vocare”, chamar. É um chamado de Deus para uma vida a ele consagrada. A vocação sacerdotal é um chamado de Deus para a vida no sacerdócio, cujo carisma especial é a dedicação ao ministério do culto divino e da salvação das almas. Jesus mesmo nos mandou rezar pelas vocações: “Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse aos discípulos: ‘A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois ao Senhor da messe que envie trabalhadores para sua colheita!” (Mt 9, 36-37).

        Na Missa com os Bispos, Sacerdotes, religiosos e seminaristas na Catedral do Rio, durante a JMJ, o Papa Francisco nos falou sobre a necessidade de ter sempre presente a nossa vocação: “Creio que é importante reavivar sempre em nós este fato, para o qual amiúde fazemos vistas grossas entre tantos compromissos cotidianos: ‘Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi’, diz Jesus (Jo 15,16). É um caminhar de novo até a fonte de nosso chamado. Por isso um bispo, um sacerdote, um consagrado, uma consagrada, um seminarista, não pode ser um desmemoriado. Perde a referência essencial do início de seu caminho. Pedir a graça, pedir à Virgem Maria - ela tinha boa memória - a graça de termos na memória esse primeiro chamado. Fomos chamados por Deus e chamados para permanecer com Jesus (cf. Mc 3, 14), unidos a ele... É precisamente a ‘vida em Cristo’ que garante nossa eficácia apostólica e a fecundidade de nosso serviço... Não é a criatividade, por mais pastoral que seja, não são os encontros ou os planejamentos que garantem os frutos, embora ajudem e muito, mas o que garante o fruto é sermos fiéis a Jesus, que nos diz com insistência: ‘Permanecei em mim, como eu permaneço em vós’ (Jo 15,4)”.

       Há muitas vocações especiais na Igreja. Na vida religiosa, temos o chamado à profissão dos conselhos evangélicos, na qual se segue mais de perto a Cristo, numa vida totalmente consagrada a Deus, à construção da Igreja e à salvação do mundo, a fim de se alcançar a perfeição da caridade, preanunciando assim a glória celeste.


     O Concílio Vaticano II sublinhou uma verdade da Tradição da Igreja: a vocação universal à santidade: “O Senhor Jesus, mestre e modelo divino de toda a perfeição, pregou a todos e a cada um dos seus discípulos, de qualquer condição que fossem, a santidade de vida, de que ele próprio é autor e consumador... Todos os fiéis, seja qual for o seu estado ou classe, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade..., são convidados e obrigados a tender para a santidade e perfeição do próprio estado... ‘Os que se servem deste mundo, não se detenham nele, pois passa a figura deste mundo’ (1 Cor 7,31)” (Lumen Gentium, cap. V).

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Convertei-vos e crede no Evangelho!


Por Felipe de Oliveira Ramos

Conversão, palavra comum para os cristãos. Todos nós somos chamados, por Cristo Jesus, a fazermos esta experiência, ou melhor, tomarmos essa decisão. "Convertei-vos e crede no Evangelho", nos diz Jesus no Evangelho de São Marcos, e esse ultimo faz questão de dar início ao relato da vida pública de Jesus a partir deste convite.

De forma tão grosseira, seja no vocabulário religioso comum seja no cotidiano das pessoas não-crentes, a palavra conversão está ligada apenas a uma mudança superficial: a adesão a uma doutrina ou realidade religiosa. Diz-se, dessa forma, que "fulano converteu-se ao cristianismo", ou que "fulano agora vai a Igreja todos os domingos, pois se converteu". Um convite tão sério de Jesus, a ponto de Marcos destacar em seu evangelho, não poderia tratar-se apenas dessa "filiação" à alguma doutrina, e é disso que quero tratar um pouco: sobre o sentido da verdadeira conversão.

Primeiramente, façamos uma análise etimológica desta palavra já gasta no nosso cotidiano. Conversão tem origem na palavra latina "convertere", onde o termo "vertere" significa virar, enquanto o "com" significa "junto". Ou seja: uma conversão é uma virada, ou melhor, um movimento ou mudança que se faz junto. Daqui, duas perguntas devem subir até as nossas consciências: Virar para onde? E junto de que ou de quem?

A respeito da primeira pergunta, podemos simplesmente responder que: a conversão é um "virar-se" primeiro para Deus e depois para si mesmo. Indico esse caminho já sabendo que não há distinção no caminho da conversão no conhecer a Deus e o conhecer-se a si mesmo. Encontrar-se consigo mesmo em Deus é o primeiro passo humilde para que a conversão possa acontecer.

A respeito da segunda pergunta, podemos responder de forma tão simples como respondemos a primeira: a conversão é feita junto de si e junto a Deus. Junto de si, pois o convite à conversão é um convite a essa atitude de modificar-se corajosamente por dentro, fazer a experiência de sair de si e admitir o senhorio de Jesus. Mas a conversão também é feita junto a Deus, pois sem ele não conseguiríamos dar certos passos, como uma criança aprendendo a andar. A conversão necessita dessa atitude tão singela, de olhar nos olhos de Jesus a nos amar, dar o espaço e o tempo para que ele nos mude, nos oriente: sair do centro, e dar livre acesso ao Senhor.

Portanto amados irmãos, converter-se não é simplesmente frequentar este espaço ou aquele, dizer-se crente nesta ou naquela verdade: lembremos que antes de nos convidar a crer no evangelho, Cristo nos convida a conversão, agir para então entender, experimentar para depois "avaliar". Lembra-nos Tomás de Kempis que "quem quiser compreender com satisfação e proveito as palavras de Jesus Cristo deve conformar sua vida com a dele", ou seja: experimentar, viver para enfim crer, ter fé no evangelho, pois experimentou-se com a vida aquilo que se leu e se falou.


Lembremos ainda, se me permitem, que a conversão é um exercício diário: se deixarmos de fazer esse movimento em direção a Deus e a si mesmos, mudando internamente as coisas de lugar segundo a vontade de Cristo Jesus, correremos o risco de perdermos aquela humildade fundamental de servos, e por assim dizer, perderemos também a graça de sermos chamados por Cristo de amigos, não por que Cristo não vá mais gostar de nós, mas por que o amigo vive tudo com e pelo outro. Deixemo-nos viver com e por Jesus, para que a nossa conversão e esforço sejam perfeitos, pois é convite dele mesmo que "busquemos ser perfeitos como o pai do céu o é" (Mateus 5,48).

sábado, 15 de agosto de 2015

Família, missão de amor.


Dom Fernando Arêas Rifan.
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney


       Teve início, com o dia dos pais, a Semana Nacional da Família, de 9 a 15 de agosto. O tema central deste ano é “O amor é a nossa missão: a família plenamente viva”. “A temática família perpassa o ano todo, sendo uma reflexão transversal de toda ação evangelizadora da Igreja. A escolha de uma semana especial sobre a família é justamente para a reflexão não ficar apenas no âmbito eclesial, mas se trata de uma oportunidade de oferecer também à sociedade o debate referente aos desafios da família”... “A Semana Nacional da Família é um evento que vem crescendo a cada ano. Ela acontece num contexto importante de agosto, mês vocacional. É um mês que faz referência às diferentes vocações como a vida consagrada, dos pais, religiosos” explica o Bispo de Osasco (SP) e presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, Dom João Bosco Barbosa. 

         “A família é a base da sociedade e o lugar onde as pessoas aprendem pela primeira vez os valores que os guiarão durante toda a vida”, dizia São João Paulo II.  O Papa Bento XVI, no Encontro Mundial das Famílias, em Valência, Espanha, afirmou que “esta é uma instituição insubstituível segundo os planos de Deus e cujo valor fundamental a Igreja não pode deixar de anunciar e promover, para que seja vivido sempre com sentido de responsabilidade e alegria”. 

      Naquele memorável encontro mundial das famílias, refletiu-se no tema “a transmissão da Fé na família”. “Nenhum homem se deu o ser a si mesmo nem adquiriu sozinho os conhecimentos elementares da vida. Todos recebemos de outros a vida e as verdades básicas para ela, e estamos chamados a alcançar a perfeição em relação e comunhão amorosa com os demais. A família, fundada no matrimônio indissolúvel entre um homem e uma mulher, expressa esta dimensão relacional, filial e comunitária, e é o âmbito no qual o homem pode nascer com dignidade, crescer e desenvolver-se de maneira integral”. E o Papa emérito corroborava seu ensinamento com os exemplos bíblicos de Ester e de São Paulo: “Ester confessa: ‘No seio da família, ouvi desde criança, Senhor, que escolheste Israel entre todos os povos’ (4, 16). Paulo segue a tradição dos seus antepassados judeus prestando culto a Deus com consciência pura. Louva a fé sincera de Timóteo e recorda-lhe: ‘a tua fé, que se encontrava já na tua avó, Loide, e na tua mãe Eunice e que, estou seguro, se encontra também em ti’ (2 Tm 1, 5). Nestes testemunhos bíblicos a família compreende não só pais e filhos, mas também avós e antepassados. Assim, a família se nos apresenta como uma comunidade de gerações e garantia de um patrimônio de tradições”.

        E o Papa Francisco nos recorda o quanto “é importante que os pais cultivem as práticas comuns de fé na família, que acompanhem o amadurecimento da fé dos filhos” (Carta Enc.Lumen Fidei, 53). E nos ensinou a rezar assim: “Sagrada Família de Nazaré, tornai também as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, escolas autênticas do Evangelho e pequenas Igrejas domésticas”.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

PNE e ideologia de gênero


Por Paul Medeiros Krause

“Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim.” Millôr Fernandes, que não prestou as melhores homenagens ao vernáculo nessa frase, bem se deu conta de como às vezes se compreende erradamente a democracia. O mesmo ocorre com a ideia de estado laico ou laicidade do Estado. O Estado é laico enquanto agasalha a minha religião ou ideologia particular, mas é confessional quando promove a religião ou ideologia particular do outro... Não deve ser assim. Precisamos ser minimamente objetivos. Na democracia, onde impera o pluralismo de ideias, não se impõem ideologias, religiões ou formas de pensar. O Estado não substitui as consciências, o intelecto humano. Estado laico é aquele que não adota qualquer religião ou ideologia oficial.

A ideologia de gênero, fundamentada em postulados marxistas unidos sobretudo à psicologia de Freud, sustenta que as diferenças de sexo são convenções. Que os papéis que homem e mulher desempenham são socialmente construídos, socialmente determinados. Segundo os teóricos da ideologia de gênero, a primeira opressão, a primeira exploração injusta do trabalho alheio, foi a do homem em relação à mulher, no patriarcado. Muitos autores de Direito de Família, que agora, ideologicamente, eles preferem chamar de “Direito das Famílias”, estão comprometidos com a cosmovisão marxista, com a interpretação marxista da história, e nem dissimulam isso, citando sem constrangimentos A origem da família, da propriedade privada e do estado, de Engels, por exemplo. Já tive a oportunidade de destacar isso no artigo: A moral burguesa como fonte dos ‘direitos sexuais’ e do novo conceito de ‘famílias’[1].

Segundo a ideologia de gênero, deve ser construída uma sociedade polimorficamente perversa, em que os indivíduos, ao arrepio da sua sexualidade biológica, podem e devem construir a sexualidade que quiserem. Fico a perguntar-me se os órgãos sexuais masculino e feminino, se a diferença existente entre os gametas, também são uma construção social, artificialmente criada por uma sociedade capitalista opressora... Do jeito que as coisas vão, daqui a pouco vão obrigar – por lei, decreto ou portaria – dois óvulos a gerarem uma criança ou dois espermatozoides a se fundirem...

Nem vou descer a detalhes sobre o absurdo que representa, sobre a violência que significa, expor crianças de tenra idade a essa patologia ideológica nas escolas, apresentada como se fosse algo neutro, acima do bem e do mal. Não vou deter-me aqui no abuso, no constrangimento moral, na confusão psicológica que representa a supressão dos banheiros femininos e masculinos nas escolas infantis. Não vou comentar o fato de crianças de oito a dez anos manusearem pênis de borracha em salas de aula. Há tantos críticos, e com toda razão!, do abuso sexual de crianças. Mas será que o abuso só se dá fisicamente, não pode ocorrer apenas na consciência, naquele núcleo mais íntimo da pessoa, sendo abusador o próprio Estado?

O poder descomunal do Estado pode ocorrer
nas consciências e com com o nosso pleno aval.
Não podemos esquecer-nos da força descomunal do Estado, a que um indivíduo jamais poderá resistir sozinho. Justamente em razão da desproporção de forças que há entre o Estado e o indivíduo, não pode aquele beneficiar uma ideologia particular, tornando-a obrigatória, colocando o súdito refém de uma peculiar visão de mundo, violando-lhe as convicções e a consciência, a liberdade de consciência e de crença, mormente quando se encontre na vulnerável condição de educando. A Constituição assegura a liberdade de consciência e de crença (art. 5.º, VI).

Ora, nossa Constituição não albergou, como ideologia oficial, o materialismo histórico. Pelo contrário, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil é o pluralismo político (art. 1.º, V). Nós não somos camundongos, não somos ratos de laboratório sujeitos a experimentos sociológicos. Nossas crianças não são cobaias das invencionices dos cientistas sociais.

Dispõe o art. 22, XXIV, da Constituição da República: “Compete privativamente à União legislar sobre: XXIV – diretrizes e bases da educação nacional”. O art. 24, IX, da Constituição complementa:“Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: IX – educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação”.Acrescenta o § 1.º do art. 24: “No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.”

O art. 214 da Lei Maior, com a redação que lhe foi dada pela Emenda Constitucional n.º 59, de 11 de novembro de 2009, prescreve: 

“A lei [leia-se: lei federal, ou melhor, lei nacional] estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: I – erradicação do analfabetismo; II – universalização do atendimento escolar; III – melhoria da qualidade do ensino; IV – formação para o trabalho; V – promoção humanística, científica e tecnológica do País; VI – estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto.”

Diz o art. 3.º da Constituição: 

“Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer formas de discriminação.”

Acrescenta o art. 5.º da Constituição: 

“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição”.

Diz mais o art. 226 da Constituição: 

“A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 1.º O casamento é civil e gratuita a celebração. § 2.º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. § 3.º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar a sua conversão em casamento. § 4.º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. § 5.º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.”

Pergunta-se: em que momento a Constituição menciona gênero? Igualdade entre gêneros? Identidade de gênero? Só há menção a sexo, igualdade entre os sexos e entre homem e mulher. Não há nem sequer o reconhecimento da união estável entre pessoas de mesmo sexo. Observe-se que o art. 226, § 3.º, é original na Constituição, oriundo do Poder Constituinte Originário, não do Derivado, portanto, não pode ser considerado inconstitucional.

Portanto, o Plano Nacional da Educação (PNE), aprovado pela Lei n.º 13.005, de 25 de junho de 2014, já não poderia trazer nada a respeito da ideologia de gênero. A Constituição fala de sexo, não de gênero. O sexo biológico é um dado objetivo. Não foi inventado por nenhum teórico das ciências sociais. O PNE seria inconstitucional se agasalhasse a ideologia de gênero, pois a Constituição não permite ao Estado brasileiro comprometer-se com uma peculiar visão de mundo, utilizando-se de sua descomunal força para torná-la obrigatória, submetendo os brasileiros a um estupro intelectual, ao estupro das suas consciências. A família goza de especial proteção do Estado. O direito dos pais de educarem seus filhos em conformidade com as suas consciências e crenças não pode ser violado pelo Estado.

A citação seguinte deve levar-nos a refletir:

“Não foram apenas alguns ministérios de Berlim que inventaram as câmaras de gás de Maidanek, Auschwitz, Treblinka: elas foram sendo preparadas nos escritórios e salas de aula de cientistas e filósofos niilistas, entre os quais se contavam e contam alguns pensadores anglo-saxônicos laureados com o Prêmio Nobel. É que, se a vida humana não passa do insignificante produto acidental de umas moléculas de proteína, pouco importa que um psicopata seja eliminado como inútil e que ao psicopata se acrescentem mais uns quantos povos inferiores. Tudo isto não é senão raciocínio lógico e consequente.”[2]

Da mesma forma que o nazismo não nasceu nos ministérios de Berlim, mas em gabinetes de cientistas e filósofos, a ideologia de gênero não é invenção do Ministério da Educação (MEC). Não podemos permitir que as salas de aula das crianças brasileiras se tornem alvo de experiências sociológicas, de invencionices criativas, como se nossas crianças fossem cobaias dos teóricos da ideologia de gênero.

A distinção entre os sexos é um dado objetivo. É necessária inclusive para a conservação e perpetuação da espécie humana. Mas não é só isso. Ela é um dado da tradição. Aprendemo-la com os nossos pais e avós. E a verdadeira democracia dá ouvidos aos antepassados:

“A tradição pode ser definida como uma extensão dos direitos civis. Tradição significa dar votos à mais obscura de todas as classes, os nossos antepassados. É a democracia dos mortos. A tradição se recusa a submeter-se à pequena e arrogante oligarquia dos que simplesmente por acaso estão andando por aí. Todos os democratas objetam a desqualificação pelo acidente do nascimento; a tradição objeta a desqualificação pelo acidente da morte. A democracia nos pede para não ignorar a opinião de um homem bom, mesmo que ele seja nosso criado; a tradição nos pede para não ignorar a opinião de um homem bom, mesmo que ele seja nosso pai." 

Eu, de qualquer modo, não consigo separar as duas ideias da democracia e da tradição; parece-me evidente que são a mesma ideia. Teremos os mortos nos nossos conselhos. Os antigos gregos votavam com pedras tumulares. É tudo muito regular e oficial, pois a maioria das pedras tumulares, como a maioria das cédulas de votação, é marcada com uma cruz.”[3]

Não podemos comportar-nos como adolescentes que acreditam nos colegas de rua e desprezam a opinião dos pais. Os teóricos da modernidade não podem simplesmente passar por cima das grandes tradições ocidentais.

Ilustrativo é o seguinte trecho de A descoberta do outro, do autor carioca Gustavo Corção:

“A opinião é uma atitude que o sujeito toma diante do objeto sem que o objeto importe. Não se mede pelo objeto, não tem proporção com ele. [...] Ter razão importa sem que o objeto importe. [...] [...] [...] O mecanismo da opinião pode ser descrito como uma interposição da vontade entre a inteligência e o objeto. A justa proporção com o objeto fica prejudicada, só podendo existir quando a inteligência está em livre confronto com o objeto, isto é, na contemplação. Gostaria de tornar bem clara a imensa gravidade desse problema e a importância vital do restabelecimento, na estrutura de nossa pessoa, desse respeito pelo objeto, dessa abertura para fora pela qual tanto a inteligência como a vontade, a boa vontade, aspiram à suma objetividade. O grande desvio do pensamento moderno tem origem nessa inversão interior, pela qual a vontade se arroga um direito de conquista onde somente à inteligência cabe o primado. Todos nós, mais ou menos europeus, estamos impregnados de idealismo filosófico até a medula dos ossos, estamos convencidos que nossa dignidade mais alta reside nesse subjetivismo obstinado que tenta reduzir todas as coisas do céu e da terra a meia dúzia de opiniões. Muita gente pensa que isso é grandeza e marca de caráter e que a personalidade humana se define por esse fechamento diante dos objetos e se engrandece por essa deformação interior. Diante dos objetos mais simples o homem liberal, que agasalha suas opiniões, que desconfia de tudo que não seja o morno recôncavo de sua interioridade, cai em guarda numa posição crispada; a vontade mete-se de permeio entre a porta dos sentidos e a inteligência, e como o seu caminho é mais curto, ou porque seja ela mais ágil, sua sugestão chega antes do conceito e gera o preconceito. A inteligência perde a liberdade e a vontade então convence o sujeito de que ele é um livre-pensador. É nessa questão nevrálgica da liberdade que a vontade mais se excita, e, no diálogo interior, clama que lhe pertence exclusivamente a decisão nessa matéria. Como na vida exterior vive sendo ofendida, esbarrando, chocando-se, atritando-se, a vontade procura se desforrar e volta-se para dentro. Volta-se contra o próprio sujeito, enrola-se no cerne nobre da pessoa e morde a inteligência. A liberdade psicológica e voluntariosa, nascida no conflito com as objetividades, substitui a liberdade ontológica que tem raiz na adequação entre a inteligência e o ser. O primado da inteligência é usurpado, e então, em vez do reto juízo, nasce a opinião. [...] O senso da objetividade, a que já me referi nos capítulos anteriores, é aquele pelo qual a inteligência tende para o objeto e tem consciência de sua responsabilidade primeira no juízo. A diminuição desse senso gera o subjetivismo, a reivindicação do direito de opinião, o liberalismo, o voluntarismo, e todas as correntes filosóficas idealistas que buscam no objeto uma ressonância apenas do sujeito. [...] E isso acontece porque a vontade interfere, mete-se entre o objeto e a inteligência, e procura se adequar à mobilidade, que é uma categoria proporcionada à sua essência. A atividade impera sobre a contemplação, o apetite domina o juízo, a opinião substitui a verdade.”[4]


Para concluir, os planos estaduais e municipais da educação, como visto, já não podem, como não poderia o plano nacional, albergar a ideologia de gênero, sob pena de inconstitucionalidade e deslavado autoritarismo. Acertadamente o Congresso Nacional, notadamente o Senado, extirpou sobredita ideologia do plano nacional. Espanta-me, pois, que o MEC, desrespeitando a Constituição e deliberação do Congresso Nacional, pressione de modo mais ou menos sutil estados e municípios a inseri-la em seus planos. No caso de estados e municípios, a inconstitucionalidade é ainda mais gritante: a União, no exercício da competência legislativa concorrente, edita normas gerais, de âmbito nacional. Não podem estados e municípios, ao editarem as normas suplementares, contrariar as normas nacionais baixadas pela União.

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[1] KRAUSE, Paul Medeiros. A moral burguesa como fonte dos ‘direitos sexuais’ e do novo conceito de ‘famílias’. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 18, n. 3613, 23 maio 2013. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/24515>. Aceso em: 30 jul. 2015.
[2] FRANKL, Viktor E. Sede de sentido. Introdução, tradução e notas de Henrique Elfes. 3. Ed. São Paulo: Quadrante, 2003. p. 45.
[3]  CHESTERTON, Gilbert K. Ortodoxia. Traduzido por Almiro Pisetta. São Paulo: Mundo Cristão, 2008. p. 80-1.
[4] CORÇÃO, Gustavo. A descoberta do outro. 2. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1945. p. 80-1, 110-1.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Anticoncepcional: um veneno para a mulher.

(os efeitos devastadores da pílula para o organismo)

Por Pe. Luiz Carlos Lodi

Na base do crânio existe uma glândula em forma de pera chamada hipófise. Na mulher, a hipófise é responsável por lançar no sangue a cada mês o hormônio folículo-estimulante (FSH), que provoca o amadurecimento de um óvulo no ovário. Sem o FSH, não há ovulação.

Durante a gravidez, a mulher não ovula. Por quê? Porque a hipófise deixa de enviar o FSH, uma vez que o organismo está esperando o nascimento da criança que já foi concebida.

O que a pílula (ou injeção) anticoncepcional faz é enganar a hipófise, dando-lhe uma mensagem falsa de gravidez. A droga anticoncepcional é constituída de dois hormônios: estrógeno e progesterona. Quando são lançados na corrente sanguínea, eles vão até a hipófise e informam (falsamente) a essa glândula que a mulher está grávida. Enganada por essa mensagem, a hipófise deixa de produzir o FSH, à espera de que a criança – que não existe – venha a nascer. Assim, a mulher para de ovular. Deixando de produzir um óvulo, ela deixa de conceber.

De tudo o que foi dito, percebe-se que a pílula anticoncepcional não é um remédio, mas um veneno. Ela não cura um organismo doente. Ao contrário, ela faz com que o ovário – que está funcionando bem – pare de funcionar.

Você não chamaria de remédio a um comprimido que alguém tomasse para fazer que o coração – que está batendo - parasse de bater; nem a uma injeção que alguém tomasse para fazer que o pulmão – que está respirando – deixasse de respirar; nem a uma pomada que alguém aplicasse para que os olhos – que estão enxergando – parassem de enxergar.

Pelo mesmo motivo, não é coerente que se chame de “remédio” a uma combinação de hormônios que se toma para paralisar os ovários. A pílula anticoncepcional é um veneno no sentido próprio da palavra.

O efeito dela, porém, não se limita aos ovários. A ingestão artificial de hormônios desequilibra o sistema endócrino e causa danos a todo o organismo. Alguns desses danos são narrados a seguir.

Trombose, acidente vascular cerebral (AVC), embolia pulmonar.

Em janeiro de 2014, Carla Simone de Castro, 41 anos, moradora de Goiânia, procurou uma ginecologista a fim de operar-se de miomas uterinos que lhe causavam cólicas. A médica aconselhou não a cirurgia, mas o uso de um anticoncepcional (Yasmin) como forma de tratamento. Após alguns dias, Carla sofreu fortes dores de cabeça, que foram diagnosticadas como sintoma de sinusite. Durante 55 dias ela sofreu diplopia nos dois olhos e via as imagens duplas e embaçadas. Somente um exame de ressonância magnética revelou que, na verdade, ela sofrera uma trombose venosa cerebral, que lhe causou três AVCs (acidentes vasculares cerebrais ou “derrames”). Suspendeu então o anticoncepcional e começou a fazer um tratamento anticoagulante, para evitar uma embolia cerebral, que poderia levá-la à morte[1]. Como a trombose foi muito extensa, ela foi obrigada a fazer cirurgias de altíssimo risco a fim de minimizar as sequelas.

Em setembro de 2014, Carla publicou um vídeo em que aparecia com um tampão em um dos olhos, ainda impossibilitada de escrever, e contava sua dolorosa história. O vídeo teve um sucesso excepcional e Carla criou no Facebook uma página chamada “Vítimas de anticoncepcionais – unidas a favor da vida”[2]. Ao relato de Carla associaram-se os depoimentos de inúmeras outras mulheres com reações adversas graves causadas pelo uso de anticoncepcionais.

Daniele Medeiros, 33 anos, moradora de São João de Meriti (RJ), procurou uma ginecologista para tratar de cistos ovarianos, que causavam fortes cólicas menstruais. Em vez de oferecer à sua cliente o tratamento inofensivo e eficaz da metformina (um remédio para diabete, que ajuda muito no tratamento de ovário policístico), prescreveu-lhe um anticoncepcional (Yasmin) como tratamento. Após três meses de uso, Daniele sofreu uma embolia pulmonar, com consequências gravíssimas: três paradas cardíacas, dois meses de internação, 40 dias em coma e a amputação dos dez dedos dos pés, necrosados por causa dos medicamentos que a mantiveram viva[3].

Daniele apresentava tendência à trombose (trombofilia), o que aumentava o risco trombótico associado ao uso de anticoncepcionais. Além disso, ela utilizou uma droga (Yasmin) que contém um tipo de progesterona chamado drospirenona, que elevava ainda mais o risco (ver tabela abaixo).

Simone Vasconcelos, 34 anos, moradora de São Caetano do Sul, fez todos os exames e seu médico não encontrou nenhum fator que aumentasse o risco do uso de anticoncepcionais. Após três meses de uso da pílula Iumi, em julho de 2014, ela sofreu embolia pulmonar, com risco de morte. Passou dois dias na UTI e seis no quarto do hospital. Como o coágulo era pequeno, o tratamento de seis meses com anticoagulante e restrições alimentares foi bem sucedido[4].

Qualquer mulher, mesmo que não tenha trombofilia e mesmo que use pílulas com outro tipo de progesterona, diverso da drospirenona, está sujeita a sofrer tromboses. É o que relata um extenso estudo feito na Holanda entre 1999 e 2004 e publicado em 2009 na revista médica The BMJ. A pesquisa abrangeu 1.524 pacientes e um grupo de controle de 1.760 mulheres. Como resultado, “os contraceptivos orais atualmente disponíveis aumentaram em cinco vezes o risco de trombose venosa, comparado ao não uso”. Esse risco variou com o tipo de progesterona:

Tipo de progesterona usado
Aumento do risco de trombose venosa
Levonorgestrel
3,6 vezes
Gestodeno
5,6 vezes
Desogestrel
7,3 vezes
Acetato de ciproterona
6,8 vezes
Drospirenona
6,3 vezes

“Confirmou-se ainda – diz o estudo – um alto risco de trombose venosa durante os primeiros meses de uso do contraceptivo oral, independentemente do tipo de contraceptivo oral [destaque nosso]” [5].

Câncer de mama.

Um estudo feito nos Estados Unidos em 1.102 mulheres, de 20 a 49 anos, diagnosticadas com câncer de mama invasivo, de 1990 a 2009, usando um grupo de controle de 21.952 mulheres, foi publicado em 2014 na revista Cancer Research. A originalidade do estudo é que ele se baseou não em relatos pessoais, mas em registros eletrônicos de farmácias. A descoberta foi de um aumento global de 50% na incidência de câncer de mama nas mulheres que tinham usado qualquer contraceptivo oral durante o ano anterior[6]. Comentando o resultado, a médica Dra. Denise Hunnell observa que o câncer de mama em mulheres de 20 a 49 anos é mais agressivo e menos sensível à terapia que o câncer de mama após a menopausa. O aumento do risco dessa doença em mulheres jovens significa, portanto, um aumento do risco de morte dessas mulheres[7].

Glaucoma

Em 2013, foi apresentado na reunião anual da Academia Americana de Oftalmologia, em Nova Orleans, o resultado de um estudo que envolveu 3.406 mulheres de 40 anos ou mais. Os pesquisadores descobriram que as mulheres que haviam usado contraceptivos por três anos ou mais, eram duas vezes mais propensas a terem tido um diagnóstico de glaucoma. Esse resultado não dependia do tipo de anticoncepcional usado[8]. O glaucoma caracteriza-se pelo aumento da pressão intraocular, que determina o endurecimento do globo e a compressão do nervo ótico, podendo levar à cegueira.

Conclusão

O anticoncepcional, além de privar o ato conjugal de sua abertura à vida, convertendo-o num ato de egoísmo a dois, traz terríveis malefícios para a saúde da mulher, que podem levá-la à morte. No entanto, quase ninguém se atreve a dizer que as mulheres não devem usar tal droga ou que o Estado deve proibir sua comercialização. Mesmo as vítimas de anticoncepcionais acima citadas limitam-se a advertir que a pílula deve ser usada “com cuidado” e levando-se em conta os riscos. Por que essa resistência em condenar os anticoncepcionais? Por dois motivos: 1º. Porque essa droga livra os cônjuges do fardo dos filhos e não exige qualquer sacrifício (como o exige a continência periódica admitida pela Igreja em casos de real necessidade); 2º. Porque até hoje nenhuma outra droga trouxe tanto lucro para as indústrias farmacêuticas.

Anápolis, 7 de agosto de 2015
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis



[5] ROSENDAAL, F.R. et al. The venous thrombotic risk of oral contraceptives, effects of oestrogen dose and progestogen type: results of the MEGA case-control study. BMJ 2009;339:b2921 in: http://www.bmj.com/content/339/bmj.b2921.full
[6] Cf. BEABER, Elizabeth et al. Recent oral contraceptive use by formulation and breast cancer risk among women 20 to 49 years of age.Cancer Research; 74(15) August 1, 2014, p. 4078-4089, in: http://cancerres.aacrjournals.org/content/74/15/4078.full.pdf
[7] HUNNELL, Denise. Link between breast cancer and contraceptives, too big to ignore, in:
[8] THE HUFFINGTON POST. Prolonged Use Of The Contraceptive Pill Double The Risk Of Glaucoma, Study Finds, in:http://www.huffingtonpost.co.uk/2013/11/18/glaucoma-contraceptive-pill-risk_n_4295553.html

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Top 10 Ecclesiae

Período: 1 a 31 de Julho/2015

Obs: a metodologia para determinar os 10 mais vendidos foi a observação das vendas no período indicado nos seguintes sites:
Nós computamos também as vendas feitas para distribuidoras e livrarias que totalizam cerca de 120 pontos de venda.


1) 10 livros que estragaram o mundo
Autor: Benjamin Wiker
VIDE Editorial
http://ecclesiae.com.br/10-livros-que-estragaram-o-mundo
"O bom senso e um pouco de lógica nos advertem que, se ideias têm consequências, então más ideias têm más consequências. E, ainda mais óbvio: más ideias, escritas em livros, tornam-se muito duráveis, infectam gerações e mais gerações e ampliam a miséria do mundo. Eu afirmo, portanto, que o mundo seria hoje um lugar demonstravelmente melhor se os livros que estamos prestes a discutir jamais tivessem sido escritos".
PARTE I - ESTRAGOS PRELIMINARES
CAPÍTULO 1 - O Príncipe, de Nicolau Maquiavel (1513)
CAPÍTULO 2 - Discurso sobre o método, de René Descartes (1637) 

CAPÍTULO 3 - Leviatã, de Thomas Hobbes (1651)
CAPÍTULO 4 - Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, de Jean-Jacques Rousseau (1755)

PARTE II - DEZ GRANDES ESTRAGOS
CAPÍTULO 5 - Manifesto do Partido Comunista, de Karl Marx e Friedrich Engels (1848)
CAPÍTULO 6 - Utilitarismo, de John Stuart Mill (1863)
CAPÍTULO 7 - A descendência do homem, de Charles Darwin (1871)
CAPÍTULO 8 - Além do bem e do mal, de Friedrich Nietzsche (1886)
CAPÍTULO 9 - O Estado e a Revolução, de Vladimir Lênin (1917)
CAPÍTULO 10 - O eixo da civilização, de Margaret Sanger (1922)
CAPÍTULO 11 - Minha luta, de Adolf Hitler (1925)
CAPÍTULO 12 - O futuro de uma ilusão, de Sigmund Freud (1927)
CAPÍTULO 13 - Adolescência, sexo e cultura em Samoa, de Margaret Mead (1928)
CAPÍTULO 14 - O relatório Kinsey, de Alfred Kinsey (1948)

PARTE III - MENÇÃO DESONROSA
CAPÍTULO 15 - A mística feminina, de Betty Friedan (1963)

2) Gender, quem és tu?
Autor: Olivier Bonnewijn
Ecclesiae
http://ecclesiae.com.br/gender-quem-es-tu
“Com rapidez e meios desconcertantes, o conceito polimorfo de gender se implantou no cerne das políticas internacionais, regionais, nacionais e locais, instrumentos jurídicos, programas culturais, códigos éticos, universidades e escolas. [...] Quais são as realidades que esse novo conceito designa?

Por meio do estudo do feminismo radical e de seus aliados históricos, queremos perceber a intuição de base que guia os teóricos do gender radical, penetrar no cerne da inteligibilidade de suas idéias, encontrar seu princípio estruturante e articulador e o movimento íntimo que o anima”.

***

“Alguns apontam hoje para uma tendência do Estado de querer se substituir à família no que concerne à educação das crianças, adolescentes e jovens (postura estatizante); por um lado, fazendo apelo aos direitos das crianças e, por outro, criando seu próprio departamento de planejamento familiar, que, no fundo, não leva em conta os interesses da família, mas tende a propor seu ponto de vista em função de estudos de especialistas que, muitas vezes, sequer têm a família como horizonte ou a valorizam.

[...] A educação da sexualidade requer uma educação para o amor. Esta noção está ausente das propostas de educação sexual comumente veiculadas (muitas vezes anitaristas e contraceptivas)”. — trechos do posfácio do Pe. Rafael C. Fornasier

3) Mentiram para mim sobre o desarmamento
Autores: Flavio Quintela e Bene Barbosa
VIDE Editorial
http://ecclesiae.com.br/mentiram-para-mim-sobre-o-desarmamento
Depois do sucesso de Mentiram (e muito) para mim, Flavio Quintela faz uma parceria de peso com Bene Barbosa para compor esta excepcional obra, que deixa as mentiras sobre o desarmamento de civis nuas no meio da sala. Aos que já conhecem o assunto, o livro oferece ótimas referências e informações precisas aos que não têm opinião formada, ou àqueles cujo conhecimento é restrito à mídia e às campanhas do governo, o livro é um ponto de inflexão, um divisor de águas, com sua clareza e assertividade.

Com uma linguagem direta e um ritmo agradável, Mentiram para mim sobre o desarmamento é leitura mais que necessária para todos os que defendem as liberdades inegociáveis dos indivíduos. Numa época de recrudescimento de tantos regimes totalitários, é uma mensagem imprescindível e um alerta essencial.

4) O Evangelho de São Lucas
Autor: Scott Hahn e Curtis Smith
Ecclesiae

5) O Império Ecológico
Autor: Pascal Bernardin
VIDE Editorial

6) Introdução à Nova Ordem Mundial
Autor: Alexandre Costa
VIDE Editorial
http://ecclesiae.com.br/introducao-a-nova-ordem-mundial-2-edicao

7) Teologia do Corpo
Autor: São João Paulo II
Ecclesiae

8) O Jardim das Aflições
Autor: Olavo de Carvalho
VIDE Editorial


9) A Nova Era e a Revolução Cultural
Autor: Olavo de Carvalho
VIDE Editorial

10) O Evangelho de Marcos
Autores: Scott Hahn e Curtis Smith
Ecclesiae