Por Dom
Henrique Soares.
A Igreja precisa
sempre se converter, sim. Mas, não ao mundo pagão.
A conversão da
Igreja deverá ser sempre mais a Cristo, com todas as Suas exigências. Somente
assim ela será sal e luz.
Não são uma doutrina
e uma moral feitas sob medida para o mundo que prestarão um serviço à
humanidade! Uma Igreja sob medida não serviria para mais nada a não ser para
ser jogada fora e pisada pelos homens!
A verdade é Cristo –
e é o homem quem deve converter-se a Ele, não Ele ao homem.
Os primeiros
cristãos encantaram o mundo não facilitando as coisas, mas crendo no Senhor e
amando-O de todo o coração, até a morte quando preciso.
Ouso sonhar com uma
Igreja cada vez mais fascinada por Cristo, que apresente o escândalo do Seu
Evangelho sem medo nem meias palavras.
Sonho com uma Igreja
de cristãos que não tenham medo de ser diferentes, de viver radicalmente na
Palavra do Senhor e na fidelidade à Sua Igreja. Seremos, certamente, minoria,
aquele pequeno rebanho que servirá de luz, sal e referencial para o mundo.
No nosso meio
podemos ver isso claramente: o futuro da Igreja não está em multidões
descomprometidas, mas naquelas comunidades pequenas, mas fervorosas, dispostas
à santa loucura por Cristo – a loucura dos santos, a loucura do amor. E só o
amor encanta, só o amor faz os santos, só o amor merece fé!
Jesus e o jovem rico. |
E os demais, que não
aceitam um Evangelho assim? Entreguemo-los à misericórdia de Deus, que tem Seus
caminhos, como Jesus entregou o jovem rico, deixando-o ir embora livremente por
não aceitar Suas exigências.
A nós, o Senhor dirá
sempre: “Vós também quereis ir embora?” Uma coisa é certa: o Evangelho não está
para negócio. Não se negocia o tesouro de grande valor, não se concede
abatimento ou desconto naquilo que Cristo nos entregou como a maior riqueza da
nossa existência!
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