Por Ivanaldo Santos
No início do mês de junho de 2015 o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) revelou os dados de uma
questão incluída na Pesquisa Nacional de Saúde realizada em 2013, mas que, por
razões diversas, só agora vieram a público. Esses dados demonstraram que no
Brasil o número de cães superou o de crianças. Segundo esses dados, em média,
de cada 100 famílias no país, 44 criam algum cachorro, enquanto 36 têm
crianças. Em números relativos, existem 52 milhões de cães, nos lares
brasileiros, contra 45 milhões de crianças com idade entre zero a 14 anos. Diante
da revelação desse quadro, realizam-se sete comentários.
1)
O Brasil está alcançando os índices de
crescimento e envelhecimento populacional dos países desenvolvidos do Ocidente.
Por exemplo, a taxa de crescimento nos EUA e no Canadá é de 1,8% filhos por
habitante, a da França é de 1,7% e a do Japão é de preocupantes 1,6%. O Brasil
envelheceu e as mulheres têm bem menos filhos. O país envelheceu, mas não
enriqueceu. E isso é muito grave. Devido à riqueza, os países desenvolvidos do
Ocidente terão, por algumas décadas, um “colchão” para suportar o alto índice
de envelhecimento e a baixa taxa de natalidade, mas o Brasil, mergulhado em
crises, em atrasos e em corrupção, se continuar seguindo o modelo: Muitos Idosos e Poucos Jovens (MI-PJ),
terá graves crises econômicas e políticas. Quem vai cuidar dos nossos idosos?
Quem cuidará dos jovens?
2)
Vale salientar que, de acordo com
especialistas em demografia, a taxa mínima de crescimento da população, para
não haver grandes crises humanas, de saúde, econômicas e de outras naturezas, é
de 2,2%. Daqui a algumas décadas os países do Ocidente irão enfrentar graves
problemas devido ao envelhecimento da população e a falta de jovens. Uma dessas
crises é o despovoamento e a ameaça de invasões estrangeiras, especialmente a
invasão do Islã, que é, de longe, a maior força jovem e populacional (cada
mulher muçulmana tem, em médio, entre 6 e 8 filhos) capaz de conquistar e dominar grande parte do Ocidente apenas pelo simples processo de substituir a
envelhecida população ocidental pelos jovens islâmicos. No caso do Brasil esse
quadro é mais grave. O Brasil não possui as reservas financeiras e nem os
exércitos bem armados e treinados dos países do Ocidente. Como o país vai deter
a invasão islâmica, a qual já está em curso em várias partes do mundo? Como o
Brasil vai lidar com as políticas expansionistas de países, como, por exemplo,
a China, a Rússia e a Turquia? Vislumbra-se um futuro cheio de problemas,
crises e até mesmo de guerras para as próximas gerações.
3)
O Brasil conseguiu reduzir sua taxa de
natalidade para 1, 9% filhos por mulher sem legalizar o aborto. No início do
século XX, o aborto foi apresentado como a estratégia mais eficiente para se
combater o crescimento populacional e foi uma arma estratégia, no pós-década de
1950, para diminuir a taxa de natalidade em muitos países. No Brasil o aborto
continuar sendo crime e, contrariando as previsões dos especialistas em
controle populacional, o país conseguiu reduzir para 1,9% a taxa de
fecundidade. Esse fato coloca que cheque a eficiência do aborto como arma de
controle populacional e demostra que é possível sim haver políticas mais éticas
e humanas para diminuir a taxa de fecundidade sem recorrer à crueldade do
aborto.
4)
O Brasil foi uma espécie de “laboratório” das
novas políticas de controle populacional e de engelharia social que incluem,
entre outras coisas, uma critica exagerada, um processo de demonização, a
família, ao casamento, a gravidez e a maternidade, a ampla difusão da
homossexualidade, a difusão dos “novos arranjos familiares” (casal gay, família
composto de uma única pessoa, família composto por um indivíduo e o seu cão de
estimação, etc) e a criação de uma quase cultura de horror ao casamento e a ter
filhos. Hoje em dia, qual jovem no país quer casar e ter filhos? Se, de um
lado, a estratégia do aborto foi um fracasso no Brasil, do outro lado, as novas
políticas de controle populacional e de engelharia social (casal gay, etc) está
sendo um sucesso. Como “laboratório”, o Brasil é uma prova que é possível mudar
toda uma cultura, toda uma sociedade, levar essa sociedade quase ao nível da
extinção sem que, no entanto, haja grandes questionamentos, sem haver lutas
internas, insurreições ou revoltas armadas.
5)
Cai por terra a tese que o brasileiro tem uma
cultura de rebelião, que não segue ou não se adequa as normas e exigências vindas
do exterior. Hora, nos últimos 40 anos o país tem sido algo de um constante e
bem sucedido plano, construído no exterior, de diminuição radical de sua taxa
de fecundidade e de envelhecimento da sua população. No entanto, a grande
maioria da população, que segue algum tipo de padrão de controle social
(novelas, professores de faculdades, escritores da moda, etc), não sabe do que
realmente está acontecendo no país e os poucos indivíduos que denunciam essa
catástrofe são rotulados de “loucos”, “conservadores” e “fundamentalistas”. O
Brasil é uma prova que é possível colocar em prática os planos do controle
populacional global e, ao mesmo tempo, iludir e alienar a população local.
6)
Num cenário onde haverá, nas próximas décadas
e em muitos países, incluindo o Brasil, uma população envelhecida e poucos
jovens, o grupo humano que tiver filhos, uma taxa de fecundidade acima de 2, 2%
por mulher, será o grande ganhador. Esse grupo irá ocupar os espaços físicos,
sociais e econômicos que não podem mais serem ocupados fisicamente pela
população envelhecida e sem forças.
7)
No Brasil e em muitos países do Ocidente vemos
um fracasso da Igreja. A doutrina da Igreja é provida e pró-família.
Historicamente a Igreja tem anunciado a mensagem de Jesus Cristo passeada, em
muitos aspectos, na passagem bíblica que diz: “Cri e, por isso, falei; nós
cremos também, por isso também falamos" (II Coríntios 4, 13). Por isso, ela
tem incentivado a formação de famílias, a natalidade e a criação dos filhos.
Nos últimos 2 mil anos a Igreja teve um papel chave no crescimento
populacional, na manutenção da taxa de natalidade e na criação dos filhos. O
problema é que atualmente a Igreja tem se esforçado, ao máximo, para ser
considerada moderna, para ser aceita e se enquadrar no mundo pós-ocidental e
neopagão. A consequência disso é que a Igreja pouco cobra, dos seus fiéis, o
casamento, a natalidade e a criação dos filhos. Em grande medida, a Igreja
passou a falar de um conceito abstrato de família, setores progressistas e de
vanguarda teológica defendem os “novos arranjos familiares” (casal gay, etc) e,
por incrível que pareça, os setores que defendem a moral tradicional da Igreja
sobre a família, o casamento e ter vários filhos; são rotulados de
“conservadores”, “fundamentalistas” e “anti-modernos”’. Com isso, a Igreja vai
se enquadrando dentro do controle populacional global e contribuindo para o
envelhecimento da população e para as muitas crises (econômica, política,
civil, etc) que se aproximam.
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