sábado, 15 de novembro de 2014

O que é ser religioso?


Por Emanuel Jr.

Esse dias, lendo alguma coisa sobre o assunto, me vi em uma encruzilhada. Como toda encruzilhada foi preciso tomar uma decisão. Direita ou esquerda, frente ou verso, certo ou errado! Essas decisões nos colocam em situação difícil, porque difícil é ter que decidir, ter que tomar partido e, às vezes, magoar alguém.

O religioso é aquele que toma partido pela verdade. Não importa se a verdade está em cima ou embaixo. Se está contra tudo e contra todos. Não busca uma verdade relativa, isto é, uma verdade que muda a cada minuto e a cada mente. A verdade não é uma metamorfose ambulante. A verdade é a verdade, simplesmente. A verdade é a mesma desde sempre e sempre continuará sendo, independente do que pensa a sociedade ou do grau de evolução em que ela se encontra.

O religioso é isso. Alguém que busca a verdade e sabe que ela existe. Não é, ao contrário do que a maioria pensa, coisa de santos e bonzinhos. Não importa se você é bonzinho ou mauzinho. O que importa é a sua busca por essa verdade. Aliás, a religião é o contrário de coisa de bonzinho. Devia ser vista como coisa de mauzinho.

Vamos a explicações. Nossa vida de cristão católico não é um contínuo conflitar de erros e acertos? Não se trata de viver reconhecendo nossa mediocridade humana frente a Deus, arrependendo-se e pedindo perdão por nossas falhas? Quem falha, quem erra, quem peca não é o bonzinho da história. Pelo contrário! Não foi a toa que Jesus afirma que veio para os doentes e não para os sãos.

Eterna luta para alcançar a santidade.
Se você já se considera santo e com seu lugar reservado ao lado de Deus, então não precisa mais estar aqui, não precisa mais da religião, não precisa mais da Igreja. Qual o objetivo principal da Igreja? Nada mais que salvar as almas. Não se trata de fazer desse mundo o paraíso divino, muito menos eliminar com as cruzes de todos para que o paraíso se antecipe por aqui mesmo. A Igreja não tem essa obrigação. Não foi instituída por Cristo para isso.

Os doentes, ou seja, os antagonistas da história, é que são o alvo da Igreja. Eles, nós, precisamos da Igreja para a salvação.


Esse é o espírito do religioso. A busca pela verdade, verdade que só pode estar em uma instituição bimilenar, criada pelo próprio Jesus Cristo, que tem em seu “chefe” maior o poder de ligar e desligar.

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