Por Lizandra
Danielle.
É incrível a
capacidade que temos de complicar o que é simples. O que não percebemos é que
nessa capacidade se esconde a nossa falta de vontade, tornando, assim, tudo
difícil e complicado de ser alcançado.
Buscamos Deus no óbvio e não conseguimos achá-lo no que é simples. |
A santidade é o alvo
principal dessa nossa capacidade. Preocupamos sempre alcançar a santidade
através das grandiosidades de nossa fé, buscamos Deus no óbvio e não
conseguimos enxergá-lo no que é simples. Queremos ser capazes de atos heroicos como os
dos mártires, de ter visões proféticas, de ter sentimentos arrebatadores, de
ter dons extraordinários. Acreditamos que para ser santo é preciso ir para a
África fazer grandes obras de caridade, mas fechamos o vidro do carro quando
paramos no semáforo. Acreditamos que é necessário fazer estudos aprofundados da
fé, mas não compreendemos nem os mais simples versículos da bíblia. Acreditamos
que devemos praticar orações e meditações cada vez mais difíceis, mas não
conseguimos rezar nem mesmo o Pai Nosso com devoção.
De forma alguma é
errado querer isso tudo, muito pelo contrário, é sim muito importante, no
entanto, nos esquecemos de que para chegar às grandes coisas, primeiro, devemos
aprender a encontrar grandiosidades nas pequenas coisas. Além de ser mais fácil
cair no desânimo quando algo parece ser grande demais para nosso tamanho.
Ser santo não é algo complexo demais pra nossa capacidade. |
Complicamos o que é
simples para que pequenos obstáculos se tornem grandes e assim, transformamos a
tarefa de ser santo em algo complexo demais para nossa capacidade. E preferimos
não escutar que Deus está constantemente dizendo: “Sou mais simples que você
imagina”.
Como diria São
Rafael de Arnaiz: “É muito mais difícil ser engenheiro do que ser santo.”
Somos, muitas vezes,
como a lagarta que queria ser andorinha. Ela ficava o dia todo olhando e
admirando os voos e os belos cantos das andorinhas e sempre reclamava por não
poder voar. Fez de sua vida uma busca incessante de alternativas para alcançar
seu objetivo, voar. Mal comia, dizia ser
perda de tempo, pois o tempo que perdia comendo poderia estar pensando e
arquitetando formas de ganhar asas. Enquanto isso, as outras lagartas faziam o que
estavam a seu alcance, comiam. Em pouco tempo, a lagarta enfraqueceu e morreu.
E as outras? Deliciaram-se com uma infinidade de variedades de folhas que a
floresta oferecia e na hora certa se transformaram em casulo. Ganharam asas.
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