sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Sou mais simples que você imagina.


Por Lizandra Danielle.

É incrível a capacidade que temos de complicar o que é simples. O que não percebemos é que nessa capacidade se esconde a nossa falta de vontade, tornando, assim, tudo difícil e complicado de ser alcançado.

Buscamos Deus no óbvio e não conseguimos
achá-lo no que é simples.
A santidade é o alvo principal dessa nossa capacidade. Preocupamos sempre alcançar a santidade através das grandiosidades de nossa fé, buscamos Deus no óbvio e não conseguimos enxergá-lo no que é simples.  Queremos ser capazes de atos heroicos como os dos mártires, de ter visões proféticas, de ter sentimentos arrebatadores, de ter dons extraordinários. Acreditamos que para ser santo é preciso ir para a África fazer grandes obras de caridade, mas fechamos o vidro do carro quando paramos no semáforo. Acreditamos que é necessário fazer estudos aprofundados da fé, mas não compreendemos nem os mais simples versículos da bíblia. Acreditamos que devemos praticar orações e meditações cada vez mais difíceis, mas não conseguimos rezar nem mesmo o Pai Nosso com devoção.

De forma alguma é errado querer isso tudo, muito pelo contrário, é sim muito importante, no entanto, nos esquecemos de que para chegar às grandes coisas, primeiro, devemos aprender a encontrar grandiosidades nas pequenas coisas. Além de ser mais fácil cair no desânimo quando algo parece ser grande demais para nosso tamanho.

Ser santo não é algo complexo demais pra nossa capacidade.
Complicamos o que é simples para que pequenos obstáculos se tornem grandes e assim, transformamos a tarefa de ser santo em algo complexo demais para nossa capacidade. E preferimos não escutar que Deus está constantemente dizendo: “Sou mais simples que você imagina”.

Como diria São Rafael de Arnaiz: “É muito mais difícil ser engenheiro do que ser santo.”


Somos, muitas vezes, como a lagarta que queria ser andorinha. Ela ficava o dia todo olhando e admirando os voos e os belos cantos das andorinhas e sempre reclamava por não poder voar. Fez de sua vida uma busca incessante de alternativas para alcançar seu objetivo, voar.  Mal comia, dizia ser perda de tempo, pois o tempo que perdia comendo poderia estar pensando e arquitetando formas de ganhar asas. Enquanto isso, as outras lagartas faziam o que estavam a seu alcance, comiam. Em pouco tempo, a lagarta enfraqueceu e morreu. E as outras? Deliciaram-se com uma infinidade de variedades de folhas que a floresta oferecia e na hora certa se transformaram em casulo. Ganharam asas. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário