Por André
Brandalise
“2. (…) Mas para um cristão, consciente da sua
responsabilidade também perante o mais pequeno de seus irmãos, não há
tranqüilidade preguiçosa, nem há lugar à fuga; (…)
57. (…) Vós, cruzados voluntários de uma nova e nobre
sociedade, erguei o novo lábaro da redenção moral e cristã, declarai luta às
trevas da apostasia de Deus, à frialdade da discórdia fraterna; lutai em nome
de uma humanidade gravemente enferma e que é preciso curar em nome da
consciência levantada pelo cristianismo.”
(Papa Pio XII, radiomensagem do Natal de 1942)
Finalmente
chegamos ao final da trilogia de O Hobbit (leu nossos textos anteriores? O
Hobbit – Uma Jornada Inesperada e O Hobbit: A Desolação de Smaug).
Sinopse:
Terceira parte – e última – do prequel da famosa trilogia O Senhor dos Anéis. A
história, ambientada 60 anos antes da saga do Anel, mostra a inesperada
aventura de Bilbo Bolseiro, tio do jovem Frodo, ao lado do mago Gandalf, do
anão Thorin Escudo de Carvalho e seus 13 companheiros, no resgate de um tesouro
da família de Thorin, que foi roubado pelo temido dragão Smaug.
O
título do filme já nos leva ao grande momento da trilogia (muito embora a visão
do dragão Smaug no segundo filme seja excepcional) em que poderemos ver
exércitos de homens, elfos e anões juntos. Em “O Senhor dos Anéis” tivemos a
união destas raças, mas não vimos os exércitos atuando em conjunto.
Somos
jogados em uma produção de fantasia em que anões montam bodes, Thranduil (o
grande rei élfico) monta um alce com chifres gigantes, isso sem falar em elfos,
anões, orcs, etc.. Diante de filmes que buscam ser cada vez mais reais (mesmo
os de super-heróis), é ótimo ver uma autêntica fantasia para encher nossos
olhos. Mesmo assim existem grandes lições que podemos tirar.
No
mundo criado por JRR Tolkien, desde a criação existe a rivalidade entre elfos e
anões, e aos homens (que são os seres mais fracos entre eles) resta ter que
administrar esta disputa. Em alguns momentos apoiarão os elfos, em outros
apoiarão os anões, mas todas as vezes que foi necessário as três raças
uniram-se para enfrentar o grande mal que ameaça matar o bem.
Neste
filme vimos tudo isso e somos jogados em uma grande batalha em que não há
espaço para se esconder ou ficar para proteger seus tesouros. É uma batalha de
vida ou morte e quem não a toma para si assume um tipo de morte. Nós vivemos
esta batalha todos os dias, a cada momento em que somos convocados a assumir a
Cristo. É o bom combate a ser combatido, ainda mais em um mundo que busca
afastar Deus.
A
batalha nos trará novos amigos, mas ao mesmo tempo perderemos outros.
Conseguiremos ultrapassar desafios, e quando formos jogados ao chão teremos
sempre alguém para nos ajudar a levantar, como um apoio providencial. Em alguns
momentos seremos forçados a fazer sacrifícios por nós e por outros, isso sem
esperar recompensa. Não serão decisões fáceis, mas com certeza serão decisões
necessárias para aqueles que almejam mais em suas vidas.
Que
ao assistir este filme possamos deixar nossa teimosia de anão, nosso orgulho de
elfo e ganância de homem de lado, para buscarmos a sabedoria dos magos (seres
angelicais – vejam o texto sobre o filme O Hobbit – Uma Jornada Inesperada) e a
simplicidade dos hobbits para enfrentar a maior batalha de todos os tempos … a
batalha pela vida eterna.
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