terça-feira, 24 de junho de 2014

Foi o próprio Jesus.


Por Lizandra Danielle

Santa Faustina Kowalska

Irmã Faustina Kowalska
Helena Kowalska, mais conhecida como Santa Faustina, a “apóstola da Divina Misericórdia”, nasceu em 25 de agosto de 1905 na Polônia, em uma família de camponeses muito pobres. Pela falta de condições da família, Helena estudou apenas 3 anos de sua vida, outro relato da pobreza é de que Helena e sua irmãs tinham apenas um bom vestido para ir à Santa Missa, assim, assistiam Missa em horários diferentes para que todas pudessem usar o vestido.

Irmã Faustina é mais uma santa que deixou todas as suas experiências místicas registradas em seu próprio diário. Ela relata em um de seus escritos que, aos 7 anos, recebeu a graça do chamado divino para a vida religiosa, mas se manteve calada por muitos anos. Sua família era contra a ideia de ingressar na vida religiosa, e juntamente com tantos outros obstáculos, a voz de Deus foi sendo cada vez mais sufocada no coração da menina.  Anos se passaram e o desejo de se tornar freira foi de certa forma esquecido. “O chamado contínuo da graça era para mim um grande tormento, porém procurava sufocá-lo com os passatempos. Evitava encontrar-me com Deus intimamente e com toda a alma me abria às criaturas.”

“O dia que mudou minha vida”

Em um belo dia Helena Kowalska daria fim à espera de Jesus. Aos 19 anos, ela e sua irmã Josefina, tinham sido convidadas para ir a um baile. Chegando ao baile, como ela mesma relata em seu diário, começou a sentir fortes tormentos interiores enquanto todos da festa se divertiam. Mas, para tentar afastar esses sentimentos angustiantes começou a dançar e tentar se divertir com seus amigos. Foi então que de repente o próprio Jesus se faz presente. Com olhar triste, despojado de suas vestes, com o corpo chagado, se dirige à Helena e diz:

“Até quando hei de ter paciência contigo e até quando tu me decepcionarás?”

Helena não via e nem escutava nada, seus olhos e ouvidos estavam inteiros apenas para Crucificado de pé ao seu lado. E não parou por aí. Para disfarçar, sentou-se na mesa com a desculpa de que estava sentindo uma forte dor de cabeça e logo que pode se levantou e foi correndo para a catedral de S. Estanislau Kostka, prostrou-se diante do Santíssimo Sacramento e implorou por uma ordem de o que fazer a partir daquele momento. Deus não demorou em atender seu pedido e respondeu com essas palavras:

“Vai imediatamente a Varsóvia (Polônia) e lá entrarás no convento”.

A menina foi para casa, colocou na mala apenas o indispensável, explicou o acontecido para a irmã e para não ser impedida foi para Varsóvia sem se despedir dos pais.

Apóstola da Divina Misericórdia.

Depois de muito procurar por um convento que a aceitasse, Helena ingressou na Congregação das Irmãs da Divina Misericórdia. No convento recebeu nome de Irmã Maria Faustina. Depois de algum tempo vieram experiências místicas extremamente dolorosas. Irmã Faustina passou pela chamada noite escura da alma e depois pelos sofrimentos espirituais e morais relacionados com o cumprimento da missão que havia recebido de Jesus Cristo. Toda sua vida foi acometida a numerosos sofrimentos por ter se oferecido a Deus em sacrifício pelos pecadores, a fim de salvar almas.

No dia 22 de fevereiro de 1931, a Divina Misericórdia se revela à Irmã Faustina. De acordo com os relatos de seu diário, já era noite e a Irmã se encontrava em sua cela quando novamente Nosso Senhor Jesus Cristo se faz presente. Ele estava vestido de uma túnica branca, sua mão direita se erguia como se fosse dar uma benção e a esquerda tocava-lhe o peito de onde saíam dois grandes raios, um branco e o outro vermelho. Como da primeira vez, Irmã Faustina ficou imóvel contemplando o Senhor. “A minha alma estava cheia de temor, mas também de grande alegria.”

Logo depois, Jesus ordenou-a que pintasse a imagem que estava vendo e fizesse com que a imagem fosse venerada em todo mundo.

“Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós.
 ... Prometo que a alma que venerar esta Imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na Terra, a vitória sobre os inimigos e, especialmente, na hora da morte.
 ... Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja benta solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia.”(Palavras de Jesus para Irmã Faustina)

A imagem não foi pintada pela Irmã, por falta de habilidade ela entregou essa missão a um artista da cidade, Eugênio Kazimirowski. Por seis meses o pintor recebeu a visita de Faustina uma vez por semana para que o quadro fosse pintado exatamente como ela informava e para tentar acrescentar detalhes ou corrigir imperfeições.

"Causam-me prazer as almas que recorrem à Minha misericórdia. A estas almas concedo graças que excedem os seus pedidos. Não posso castigar, mesmo o maior dos pecadores, se ele recorre à Minha compaixão, mas justifico-o na Minha insondável e inescrutável misericórdia". (Mensagem de Jesus transmitida a Santa Faustina Kowalska)

“Até quando hei de ter paciência contigo e até quando tu me decepcionarás?”

Por meio da Santa Maria Faustina Jesus Cristo enviou a cada um de nós essa mesma pergunta. Pode ser que não estejamos negando a Ele uma vocação religiosa como ela, mas podemos estar negando muitas outras missões que Deus nos confiou. Cabe a nós saber se necessitaríamos escutar de Jesus essa mesma frase. Cabe a nós estar dispostos a escutar a Sua voz. Cabe a nós recorrer a Sua Divina Misericórdia.


“JESUS EU CONFIO EM VÓS!”

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