Por
Bruno Dornelles
Enquanto a direita se torna a modalidade política "cool" do momento, com a chegada de símbolos contrários ao politicamente correto - como Danilo Gentili, Lobão e Roger -, ou
da popularização de jovens escritores - como Felipe Moura Brasil e Rodrigo Constantino -, a esquerda parece querer responder muito aquém do clássico estereótipo de sujeito sujismundo que fala em palavras lentas e emaconhadas que "o problema é a classe média e os elitistas”, como de costume. Parece que a patrulha agora tem ambições de se renovar sob a liderança do "playboy de Macintosh" Sakamoto e de figuras "queridas" como José de Abreu, o eterno "Nilo" de Avenida Brasil.
Da esquerda que iniciou seu projeto sob o discurso malandro do ex-sindicalista Lula - até mais parecer uma convenção populista do que propriamente o marxismo feroz que representa -, hoje se esconde sobre a sutileza demagógica de quem acusa a "ostentação" lato sensu - de meramente ser possuidor de coisas caras - como um crime, enquanto apresenta sua palestra em um MacBook.
Essa é uma esquerda que, definitivamente, cansou de debater. Percebeu que o debate não gera mais ganhos, mesmo que utilize os radicais "debate" ou "diálogo" como se fossem profetas daquilo que não praticam. Descobriram que é muito mais fácil simplesmente desmoralizar a imagem da parte conservadora, seguindo a máxima dos personagens Piotr e Chigalióv em Os Demônios, de Fiodor Dostoievsky: "para cumprir nosso projeto, é necessário perder a honra". Nada melhor do que começar com a própria, enchendo a fala de mentiras, calúnias e subversões para cumprimento de seus fins. Afinal de contas, quem vai ter tempo para procurar informações da vítima e limpar a imagem do caluniado?
É compreensível que aquela esquerda que antes dominava as tribunas parlamentares, é hoje respondida através de um esforço intelectual da direita em respondê-la à altura, coisa que a classe política "por profissão" não tinha interesse em fazer e por isso foi transformada em jurássica. Ora, da distorção, da dominação ideológica e da imposição cultural podem surgir demônios, e surgiram, mas também é uma chance do mero espectador do evento reconhecer a total inexistência de bom senso. E, foi assim, que esse mesmo bom senso que surgiu quase que de um grão de mostarda hoje parece cativar muitos sob a liderança de nomes como Olavo de Carvalho, Padre Paulo Ricardo, Rachel Sheherazade, dentre outros.
A esquerda pode esperar um povo que continuará a não reagir em face às suas subversões de medo, sejam dos seus black blocs, das greves gerais lideradas por seus pelegos sindicais, da intolerância dos Movimentos LGBT a religiosos e até do incentivo para que jovens da periferia "lutem" por essas esquizofrenias ideológicas através dos "rolezinhos". Neste caso, pode até existir quem virá a reagir com sentimento, mas esse será apenas "útil" ao projeto de poder da esquerda de quebrar a ordem para instaurar outra. Por outro lado, a recuperação cultural através dos bons costumes e do desejo de boas instituições políticas, parece ser inevitável para uma sociedade que, de tanto se equivocar com décadas de importação de progressismo ideológico, cada vez mais parece querer se livrar desse vírus totalitário e finalmente optar pelo bom senso.
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