Nesse artigo faremos feita uma breve avaliação de algumas partes do livro
“Igreja: Carisma e Poder”, de Leonardo
Boff.
Contudo, é necessário que se percorra o caminho traçado
pelo referido autor a fim de melhor compreendermos um pouco de sua vida e obra.
Leonardo Boff nasceu em Concórdia, Santa
Catarina, 1938. Cursou Filosofia em Curitiba-PR e Teologia em Petrópolis-RJ.
Doutorou-se em Teologia e Filosofia na Universidade de Munique, na Alemanha, em
1970. Foi professor de Teologia Sistemática e Ecumênica em Petrópolis, no
Instituto Teológico Franciscano e Espiritualidade em vários centros de estudo e
universidades no Brasil e no exterior. Em 1984, em razão de suas teses ligadas
à Teologia da Libertação, apresentadas no livro “Igreja: Carisma e Poder”,
foi submetido a um processo pela Sagrada Congregação para a Defesa da Fé no
Vaticano. Em 1985, foi condenado a um ano de silêncio. Permanecendo
desobediente, em 1992, de novo ameaçado com uma segunda punição por Roma,
renunciou às suas atividades de padre e se autopromoveu ao estado leigo. Atualmente
é escritor, professor universitário, expoente da Teologia da Libertação(Marxista
e herética) no Brasil onde é reconhecido por sua história em defesa das
causas sociais e questões ambientais.
Após breve comentário sobre a vida do autor, vamos aquela que foi uma de
suas obras de grande repercurssão e erros grotescos. A obra “Igreja: Carisma e
Poder” teve algumas edições e sofreu algumas mudanças: reeditada no Brasil pela
Record, teve sua primeira edição em 1981 (Editora Vozes), uma segunda edição em
1994 (Editora Ática). No decorrer das edições foi retomando o texto original e
acrescentando um longo apêndice contendo a documentação do processo doutrinário
que se seguiu à publicação do livro. Hoje, segue-se o padrão anterior, com a adição de um novo
prefácio do autor e um sucinto balanço final sobre o significado do livro. O
livro “Igreja: carisma e poder”, na verdade, recolhe uma série de
ensaios elaborados pelo ex-frei Leonardo
Boff, ao longo dos anos 70 e início de 80, época em que foram publicados vários
de seus ensaios em revistas teológicas nacionais e internacionais. Dos treze
artigos que acompanham a coletânea de ensaios, apenas dois eram inéditos na
ocasião da publicação do livro, e um deles parte da tese de doutorado do autor
defendida na Alemanha em 1970.
Frei Boaventura Kloppenburg, antigo professor e crítico de Leonardo Boff |
Logo após a publicação
do livro, em 1981, surgem os primeiros questionamentos e críticas. Algumas reações partiram de
notáveis teólogos, dentre eles o franciscano Boaventura Kloppenburg, antigo
professor e colega de cátedra de Leonardo Boff. Outras resenhas foram também
desfavoráveis, como as de Ubano Zilles e Estevão Bettencourt. A
polêmica ganha grande proporção e, então, entra em ação o Cardeal Ratzinger,
prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Após grande debate referente a
questão da Verdadeira Igreja de Cristo (amplamente
abordada no livro), o cardeal Ratzinger publica em 1985 uma notificação
sobre o livro e submete o autor a um “silêncio obsequioso”.
É
possível notar na obra de Boff a influência do pensamento marxista, como
também, da exegese protestante liberal. A Igreja, do ponto de vista marxista, é
comparada a autoridade do partido comunista onde haveria entre ambas um
paralelismo de estruturas e de comportamentos. É por isso que se percebe uma
forte crítica à Igreja, como se a mesma fosse opressora e manipuladora.
Já
da parte protestante liberal, herdam-se ideias (antigas), dentre elas, destaca-se
o fato de Jesus mesmo não ter fundado uma Igreja, mas que esta, simplesmente,
se deriva da vontade dos apóstolos inspirados pelo Espírito Santo. Com isso, é empregada
a ideia que Jesus Cristo fundou um reino exclusivamente interior, espiritual.
Só que tal visão protestante liberal foi condenada por Pio XII nos seguintes
termos: “Estão longe da verdade revelada
os que imaginam a Igreja por forma que se não pode tocar nem ver, mas apenas,
como dizem, uma coisa pneumática que une entre si com vínculo invisível muitas
comunidades cristãs, embora separadas na fé.”
Em síntese: o livro é
constituído de XI capítulos e um apêndice, na sua edição mais atual (1994),
tudo sob a responsabilidade de um único autor: Leonardo Boff. Tudo começou a
ser escrito com base no contexto eclesial entre os anos 70 e 80, período em que
foi se firmando a Teologia da Libertação e a ramificação das Comunidades
Eclesiais de Base (CEBs). Talvez a intenção maior do autor fora favorecer uma
participação mais efetiva dos leigos e pobres nas “decisões” da Igreja. Pena,
que “de boas intenções o inferno está cheio”. Sua famosa expressão teológica
conhecida como eclesiogênese, foi na verdade um ato de completa falta de
discernimento e demonstração de total rompimento com a Igreja Católica, fundada
por Nosso Senhor Jesus Cristo. Vejamos um fragmento de como o autor, pobre em
seu poder de persuasão, e totalmente desesperado por glórias efêmeras de poder
através dos meios de comunicação e, quem sabe, até tentado ao possível ganho de
lucro autoral com vendas de tamanhas asneiras e idiotices, escreve:
“Evidentemente a
velha Igreja olhará com certa desconfiança para a nova Igreja na periferia e
para com as liberdades evangélicas que ela se toma. Poderá ver nela uma
concorrente; gritará em termos de Igreja paralela; magistério paralelo, falta
de obediência e lealdade para com o Centro! A Igreja nova deverá saber usar de
uma inteligente estratégia e tática: não deverá entrar no esquema de
condenações e suspeitas como o Centro poderá fazer. Deverá ser evangélica,
compreender que a instituição enquanto é poder somente poderá usar a linguagem
que não ponha em risco o próprio poder, que sempre temerá qualquer afastamento
do comportamento ditado pelo Centro e verá isso como deslealdade. Apesar de
poder compreender tudo isso, a Igreja nova deverá ser fiel ao seu caminho; deverá ser lealmente desobediente*.”[1]
Afirmam ainda
outros mercenários e pseudo-teólogos que um fato marcante no livro “Igreja: carisma e poder” é a linguagem
profética, que vem retomar um gênero que tem larga tradição teológica.
A verdade é que em em todo o livro
respira-se a fumaça do demônio. Com um léxico eloquente e “lindas” falsas
profecias. Já vimos isso antes povo de Deus! Já sentimos o reflexo dessas
barbaridades em nossas paróquias, comunidades e grupos de autênticos membros da
Igreja.
O
teólogo é, pois, chamado a decifrar a linguagem das diversas situações — os
sinais dos tempos — e a abrir esta linguagem à inteligência da fé (cf. Enc. Redemptor hominis,
n. 19). Examinadas à luz dos critérios de um autêntico método teológico — aqui
apenas brevemente assinalados — certas opções do livro de L. Boff manifestam-se
insustentáveis. Sem pretender analisá-las todas, colocam-se em evidência apenas
as opções eclesiológicas que parecem decisivas, ou seja: a estrutura da Igreja,
a concepção do dogma, o exercício do poder sagrado e o profetismo.
Podemos concluir que o presente artigo analisa a obra eclesiológica do
ex-frei Leonardo Boff, mostrando tratar-se de estudo tendencioso e ambíguo. A
partir do esquema, preconcebido, de que a cobiça do poder inspirou o
comportamento dos pastores da Igreja através dos séculos, o autor propõe uma
Igreja “carismática”, em que não haja docentes e discentes, mas se adotem os
critérios de comportamento de uma democracia humana.
O estilo do autor é quase que ridículo, chegando à sátira; hipóteses são
propostas como teses (principalmente quando o autor recorre à exegese bíblica
protestante); falta por vezes ao autor a akribia (senso de exatidão) necessária
a um estudo científico para matizar os respectivos dizeres, dando a posições
discutidas o atributo de discutidas. Tal akribia se impõe de modo
especial numa obra que não é destinada apenas a especialistas, mas se volta
para o grande público, o qual muitas vezes está despreparado para discernir o
certo do incerto e do errado.
As afirmações do autor são empalidecidas ou sufocadas pela veemência das
acusações feitas à Santa Igreja. No decorrer da leitura do livro têm-se não
raro a impressão de estar diante de uma obra inspirada por protestantismo e
marxismo. E também pelo próprio demônio, autor e pai da mentira.
Considerações importantes a fazer:
1. A Obra é
sem estilo
Quem lê a obra em pauta, observa de imediato algumas características
significativas: o autor aborda questões importantes de história da Igreja ou de
doutrina de fé, fazendo afirmações generalizadas, sem explicitar matizes.
Propõe hipóteses como se fossem teses firmes e indiscutíveis – o que ilude o
leitor despreparado. Aliás, é curioso que desejando combater o autoritarismo,
L. Boff, use de linguagem extremamente autoritária, caricatural, sarcástica. O
autor é irônico, cínico e ignorante. Um nazista e preconceituoso que ignora as
próprias raízes.
2.
Linguagem cheia de contradições
L. Boff usa vocabulário e linguagem que frequentemente têm o sabor da
ambiguidade – o que não se admite nem num livro científico nem num livro de
ampla divulgação. Seria ele uma espécie de novo Lutero no século XVI?
Um exemplo bem direto está em todo o cap. VII que é uma exaltação do
sincretismo! O que até hoje inúmeros padres pregam na Igreja. E influenciam um
falso ecumenismo.
3.
Influência marxista
O leitor não pode deixar de perceber certa influência do marxismo (ou de
aspectos tendenciosos e discutíveis do marxismo) nas expressões e nas categorias
assumidas pelo autor. O autor compara a autoridade na Igreja com a autoridade
no Partido Comunista da União Soviética antes da revolução chinesa!
Haveria entre ambos um paralelismo de estruturas e de comportamento? Esta
afirmação é, no mínimo, estranha e despropositada. Um bom teólogo não ignora
quanto é artificial ou falsa a tese de L. Boff (ou do marxismo) quando aplicada
à Igreja.
O autor, portanto, recorre às categorias de análise marxista da
sociedade, categorias que são materialistas e ateias e, por conseguinte, jamais
poderão servir para construir uma autêntica teologia; de resto, o uso das
mesmas foi explicitamente condenado pelo S. Padre João Paulo II em discurso
proferido aos Bispos do CELAM aos 2/07/80: “A
libertação cristã… não recorre… à práxis ou análise marxista, pelo perigo de
ideologização a que se expõe a reflexão teológica, quando se realiza partindo
de uma praxis que recorre à análise marxista. Suas consequências são a total
politização da existência cristã, a dissolução da linguagem da fé na das
ciências sociais e o esvaziamento da dimensão transcendental da salvação cristã”.
4.
O papel da exegese protestante liberal
O autor confia plenamente nas sentenças dos exegetas protestantes
mais liberais, que tentam interpretar os Evangelhos e a figura de Cristo
segundo referenciais racionalistas e assaz duvidosos (porque subjetivos). Por
isso L. Boff julga que Jesus mesmo não fundou a Igreja, mas que esta se deriva
da vontade dos apóstolos inspirados pelo Espírito Santo (págs. 222s 216). A
bibliografia citada por Boff é, em grande parte, protestante liberal, ficando
as clássicas obras da teologia católica relegadas para o plano do superado.
Breve
Conclusão
Leonardo Boff não deixa de reconhecer que na Igreja há elementos divinos
e elementos humanos (pág. 221) e que a Igreja é sacramento (pág. 130s)… Todavia
tais afirmações são raras e pálidas no conjunto do livro, onde a Igreja é
geralmente tratada como sociedade meramente humana, na qual teriam prevalecido
os abusos de homens gananciosos e prepotentes. De modo especial a secção das
págs. 60-76 é caricatural, com veste de aparato científico.
Tem-se a impressão de que, segundo Boff, a Igreja autêntica seria
governada pelo povo de Deus, que deveria ter nos bispos e no Papa os seus
representantes, de tal modo que não se justificaria a distinção entre Igreja
discente e Igreja docente:
“A hierarquia se sente membro da Ecclesia
discens e o leigo membro da Ecclesia docens. Cada qual é mestre e
discípulo um do outro e todos seguidores do Evangelho. Na coexistência e
simultaneidade das duas funções, deve-se entender o apelo de Jesus para que
ninguém se deixe chamar de mestre, pai ou diretor espiritual, pois todos somos
irmãos (cf. Mt 23, 8-10)” (pág. 215).
Pergunta-se então: qual o critério para discernir verdade e erro se
todos são mestres e discípulos? Seria o Espírito Santo, que falaria no
íntimo dos fiéis? Tal critério está sujeito a ser manipulado pelo subjetivismo,
como demonstra a história do Protestantismo, cujas últimas denominações não
reconhecem mais a Divindade de Cristo (cf. Mórmons, Testemunhas de Jeová,
Estudiosos da Bíblia …).
Seria desejável a menção, muito mais importante, do “carisma seguro da
verdade”, que o Concílio do Vaticano II atribui aos Bispos para guardarem e
transmitirem autenticamente a mensagem da fé (cf. Constituição Dei Verbum nº 8). Se alguém quer
dizer que os carismáticos devem governar a Igreja, não esqueça tal carisma
peculiar dos Bispos. Diz explicitamente o Concílio:
“O ofício de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita ou
transmitida foi confiado unicamente ao magistério vivo da Igreja, cuja
autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo. Tal magistério
evidentemente não está acima da Palavra de Deus, mas a seu serviço, não
ensinando senão o que foi transmitido …; com a assistência do Espírito Santo,
piamente ausculta aquela Palavra, santamente a guarda e fielmente a expõe” (Dei
Verbum nº 10).
Assim vemos que carisma e autoridade (= poder, na linguagem do livro em
foco) não se opõem entre si. Numa palavra, a autoridade na Igreja é serviço
(diakonía), e não exercício de poder arbitrário.
Se não se admite esse carisma indefectível da verdade (que está acima da
erudição dos teólogos, embora precise desta), é natural que se caia no
Protestantismo e, muito especialmente, no Protestantismo congregacionalista
(onde a congregação dos fiéis se governa na mais autêntica forma democrática).
Na verdade, a autoridade na Igreja vem de Cristo, que prolonga sua tríplice
função sacerdotal, profética e pastoral nos ministros que Ele escolhe e ordena
e que exercem suas funções não por delegação dos fiéis, mas por disposição do
próprio Cristo (cf. discurso de João Paulo II aos ordenados no Maracanã aos
2/07/80); mesmo que haja eleição de Bispos, o eleito não recebe do povo a sua
autoridade, mas de Cristo mediante os eleitores.
Compreende-se até certo ponto que deva haver autoridade forte na Igreja,
pois esta não é obra humana. Se fosse criação de homens, logicamente poderia
ser retocada e re-criada por homens, as suas decisões seriam tomadas
simplesmente por maioria de votos; deveria prevalecer exclusivamente o bom
senso fundamentado sobre razões filosóficas ou científicas. Acontece, porém,
que a Igreja não é sociedade meramente humana; é, sim, sacramentum, ou seja, realidade sensível que assinala e transmite
uma realidade divina, isto é, a presença e a graça de Cristo. Por isto, os
pastores da Igreja têm o dever de preservar a mensagem da fé e as autênticas
expressões desta não segundo critérios puramente humanos, mas segundo os
critérios que a S. Escritura, colocada dentro da Tradição viva da Igreja,
aponta ao povo de Deus; para realizar esta função, o magistério da Igreja goza
de especial assistência do Espírito (cf. Mt 16,16-19; Lc 22,31s; Jo 21, 15-17;
14,26); tal assistência não depende da santidade ou das faltas dos pastores da
Igreja, mas se exerce sempre que a Igreja se deva pronunciar oficialmente em
matéria de fé e de costumes.
Houve, sem dúvida, no passado da Igreja atitudes de Papas e Bispos
fortemente autoritárias, que não correspondem ao modo de pensar e agir nem dos
eclesiásticos nem do mundo de hoje. Observe-se, porém, que não se pode julgar o
passado à luz das categorias de pensar e agir do presente. Os antigos
praticavam de boa fé o que nos pode parecer hoje inaceitável; a geração que
hoje acusa o passado, será um dia veementemente acusada pelas futuras gerações.
Não se pode esquecer, por exemplo, que São Francisco de Assis, Santa Clara, S.
Tomás de Aquino, S. Alberto Magno, S. Boaventura e outros santos e sábios viveram
em pleno século XIII, que foi um século de Inquisição, e não deixaram uma
palavra de protesto contra esta. Aliás,
sempre houve santos entre os Papas e pastores da Igreja através dos seus vinte
séculos; viveram o amor a Deus e o serviço aos irmãos tão generosamente quanto
lhes sugeriam as circunstâncias de sua época.
Todo fiel católico deve reconhecer que entre os pastores da Igreja de
Cristo confiada a Pedro houve e há falhas intelectuais e morais. Mas isto não o
impede de afirmar que, através das mãos humanas dos clérigos (às vezes,
manchadas e poluídas), passou e passa incólume o ouro de Deus para todos os
fiéis.
Ainda poderíamos citar numerosas passagens do livro de L. Boff
merecedoras de observações. O livro está, de ponta a ponta, inspirado pelos
princípios que assinalamos até aqui. Tais princípios e as aplicações que dos
mesmos faz L. Boff, se tomados a sério, levar-nos-iam a dizer que a
eclesiologia de Boff é camufladamente protestante.
As considerações propostas neste artigo permanecem no plano dos estudos,
onde é lícito (e, às vezes, necessário) discordar; principalmente quando se
trata das verdades da fé, o dever de fidelidade aos autênticos mananciais (no
caso, ao Senhor Jesus) é duplamente imperioso. Cremos que as hipóteses e as
afirmações de Boff, entregues à ampla divulgação num estilo de
sátira e caricatura “científica”, são destinadas a destruir mais do que a
construir, pois o autor não oferece ao leitor a ocasião de ver outros aspectos
que ele aborda; ele não ajuda o leitor a criticar e a matizar as posições
assumidas no livro; ao contrário, o autor da obra usa de estilo que parece
dirimente … ou mesmo esmagador de qualquer tese contrária (quando na verdade se
trata de um conjunto, em grande parte, subjetivo, oscilante e vulnerável).
Nada mais atual que Igreja carisma e Poder.
ResponderExcluirJesus em sua humanidade teria vomito ao ver essa Igreja que Ele não criou.Cheia de luxo, escândalos e capitalista.Jesus criou sim modo de vida ao servico nunca Vaticano, papas, igrejas.Esse caos horrível. Hoje na praça São Pedro Ele destruiria o Vaticano, expulsaria tanta podridão