Por Ana Maria Bueno
“Se desejas (…), alma cristã, agradar
verdadeiramente a Deus e gozar de uma vida feliz, permanece então sempre e em tudo unida à sua santa vontade.
Pondera que todos os teus pecados de tua vida passada provinham unicamente de
te haveres desviado da vontade de Deus. Procura doravante exclusivamente o
beneplácito do Senhor e repete, toda a vez que te suceder algum mal: Assim se faça, ó Pai, porque foi de teu
agrado (Mt 11, 26).” Santo Afonso de Ligório (Excerto
extraído do livro Escola
da Perfeição Cristã)
Quando
conhecemos a vida e os escritos de Santo Afonso de Ligório, passamos a
vislumbrar o que realmente faz a graça no homem que se abre a Deus e o poder e
o valor da comunhão dos Santos. Santo Afonso expressa como ninguém - de forma
simples, aberta e prática -, os desejos mais íntimos do coração humano sedento
de Deus. O Espírito Santo o faz penetrar nos mistérios mais profundos deste
coração e o estimula a amar a Deus e desejar profundamente fazer sua santa vontade.
Santo Afonso acreditava com todo fervor, que quando se “ propõe adequadamente o
bem”, qualquer pessoa a ele se entrega e se transforma, já que todos somos
chamados, em grau maior ou menor a ser santos. Assim, qualquer “alma redimida
pelo Batismo, tornando-se pela graça templo do Espírito Santo, possui em
potência o indispensável para atingir a santidade”. Por isso sentiu,
impusionado pela graça, o desejo de entregar sua vida a anunciar a Deus aos
pobres e humildes. Alertava a todos que só as orações vocais e atos externos de
piedade dificilmente levam à santificação, e que por isso deveriam recorrer a
uma vida de intensa piedade interior, estimulando-os à oração mental, tão
necessária ao crescimento das virtudes, pois coloca a alma constantemente na
presença de Deus e da insuficência própria, iluminando-a a respeito das perfeições
de Deus e das limitações e defeitos próprios. Nesta sua caminhada de santidade
e de profundo amor a Deus e às almas, descobre como se deve conduzir para se
fazer a vontade de Deus que é sempre soberana e que conduz o homem ao seu fim
último que é santidade e perfeição. Para ele - , contrariando vários santos que
punham pra se chegar à perfeição, antes
da caridade a busca das virtudes morais -, a caridade deve preceder a tudo, porque
somente amando a Deus, que o homem chegará a lutar pelas coisas do alto e pela
santidade. Santo Afonso entendeu perfeitamente o que quis dizer santo
Agostinho:” Ame, e faze o queres”
Santo Afonso
foi Bispo, musicista, pregador, escritor, poeta e doutor da Igreja, além de
fundador da ordem do S.S Sacramento, hoje Redentoristas. Nasceu em Nápolis em 1696,
em uma família abastada e nobre. Seu pai destinou-o os estudos das artes
liberais, das ciências exatas, das disciplinas jurídicas. Aos dezesseis anos
doutorou-se em direito civil e eclesiástico, tendo grande sucesso como
advogado. Tinha uma personalidade bem marcante, por um lado era forte e
decidido e por outro tinha um coração voltado para a fé e para a bondade. Segundo o historiador Louis Vereeke, C. Ss.R,
Santo Afonso era “Alegre, ardente e ricamente dotado por natureza de uma
sensibilidade, uma vontade tenaz e inteligência profunda. Afonso era mais dado
ao pensamento prático do que à pura especulação. Tinha, uma consciência do
concreto, um senso prático. Em seu relacionamento com os outros, possuia
nobreza de modos e era afável e benevolente com todos, especialmente com os
pobres, e possuia um bom humor sorridente...”
Santo Afonso de Ligório e os primeiros Redentoristas. |
Mas a graça
de Deus já estava em seu coração, depois de uma derrota nos tribunais e por
causa de seu engano exclamou! “Ó mundo falaz, agora eu te conheço! Adeus
tribunais!” abandonou a carreira, e recusou todas as propostas de Matrimônio e de vida mundana. Completou os estudos de
teologia e se tornou padre aos trinta anos. Sua congregação, - os Redentoristas
-, fundada em 1732, tinha como propósito “trazer a boa nova aos pobres”, e hoje
trabalha incansavelmente pelo mundo realizando esta vontade de Deus. Aos
sessenta e seis anos, apesar de doente, acatou o desejo do Papa Clemente XIII para que fosse consagrado Bispo e serviu
com toda diligência e sabedoria. Morreu entre seus irmãos em primeiro de agosto
de 1787 - dia em que a
Igreja o comemora, e apenas cinquenta e dois anos após sua
morte, em 1839, foi canonizado e por
conta de seus inúmeros talentos a Igreja
lhe conferiu honras especiais. Em 1871 foi nomeado Doutor da Igreja e em 1950,
reconhecendo o valor de seus escritos de teologia moral foi nomeado : “o santo
Patrono dos teólogos e confessores”.
Santo Afonso
em toda sua caminhada e pregação, reafirmou sempre que o mais importante é
fazer a Vontade de Deus, e que toda perfeição ou santidade consiste no amor a
Deus, entretanto, toda a perfeição do amor consiste em conformar nossa vontade
à Sua vontade , porque no dizer de São Basílio, santo muito citado por ele -,“o efeito
principal do amor é: unir as vontades dos que se amam de maneira que tenham uma
só vontade”. Nos diz que não há dúvida que agradam a Deus nossos sacrifícios,
renúncias e meditações, obras de misericórdia, exercícios de piedade, contanto
que tudo esteja de acordo com a sábia vontade do Senhor. Caso contrário, Deus
os reprova e são merecedores de castigo. Se nossas obras e atividades não se
realizam segundo o agrado divino, - pergunta -, como poderiam agradar a Deus?
Para ele,
obedecendo a Deus o agradamos mais que se fizermos sacrifícios, já que o homem
que deseja agir por conta própria, comete uma espécie de idolatria, porque
neste caso, adora sua própria vontade, não a vontade de Deus. Pode-se dizer
seguramente que a maior glória que damos a Deus, segundo ele -, é quando
fazemos Sua vontade, - foi o que fez Jesus quando veio a este mundo, justamente
para glorifica-lo, pois disse várias vezes que não veio para fazer a Sua
vontade mas a do Pai que o enviou e isso se cumpriu quando entrou no mundo se
fazendo vítima de expiação para a remissão dos pecados da humanidade. Deus
recusou todos os sacrifícios dos homens para receber a vítima perfeita, esta vítima
era Cristo. O mundo haveria de entender este amor imenso pela vontade do Pai,
que era remir os homens que estavam nas trevas do pecado e da condenação
eterna, por isso, a cruz foi o caminho escolhido. Antes de se entregar disse: “
Para que o mundo saiba que eu amo o Pai, e faço como o Pai me mandou,
levantai-vos e saiamos daqui”(Jo 14, 31).
Se tem algo
que Santo Afonso nos exorta em seus escritos de forma reinterada, é que ninguém
se torna santo sem a busca da perfeição cristã e que toda a luta consiste
nisso, em fazer sua vontade se conformar à vontade de Deus; esta é a mais alta
perfeição que podemos aspirar e para isso é preciso que entreguemos tudo a Ele,
porque se assim o fizermos estamos nos dando a Ele por inteiro. “Quem dá
esmolas, entrega ao Senhor parte de seus bens, quem se sacrifica, lhe dá um
pedaço de si próprio. Quem pratica o jejum, oferece seu alimento, mas aquele
que lhe oferece sua vontade, se consagra totalmente a Deus. Não reserva nada
para si” e por isso pode verdadeiramente dizer a Deus: ‘Meu Deus e meu Senhor,
sou pobre, mas eu vos dou tudo o que tenho, tudo o que sou, porque dando-vos
minha vontade, nada mais me sobra para vos dar’, e é precisamente isto que o
Senhor nos pede quando diz: “Meu filho, dá-me teu coração”(Pr 23, 26), isto é,
tua vontade.
A
mortificação era um dos temas preferidos de Santo Afonso, afinal, sem se
quebrantar, sem se mortificar, quem poderá fazer a santa vontade de Deus e
ama-lo acima de tudo? Ele exorta aos cristãos a entenderem que em tudo Deus
está no comando e que deve-se tirar
proveito de todos os meios que Ele usa para nos santificar. Diz-nos que o
Senhor nunca aprova o pecado e a manifestação de injúrias por parte das
pessoas, mas se utiliza e até as permite, para delas tirar um bem maior para seus
servos e amigos. O Cristão que se exercita no cumprimento desta virtude, não
somente se santifica, mas gozará na terra de uma paz impertubável, porque sabe
que ”tudo concorre para o bem daqueles que O amam, daqueles que segundo seu
desígno, são eleitos”. (Rm 8,28). Diz o livro dos Provérbios: “Nenhum mal
atingirá o justo, mas para os ímpios tudo serão males”(Pr 12,21).
A mortificação era uma dos temas principais de Santo Afonso de Ligório |
“As pessoas
que se esforçam por querer o que Deus quer, são muitas vezes humilhadas, mas
amam as humilhações; padecem pobreza, mas amam a pobreza, enfim, aceitam com
amor o que lhes acontece e levam assim uma vida calma, tranquila e feliz. Vem o
frio, vem a chuva, vem o calor, vem o vento, o bom cristão aceita tudo por
Deus, porque assim Deus o quer. O homem
santo permanece na sabedoria como o sol, mas o insensato muda como a lua. O
pecador é como ela: hoje cheia, amanhã, minguante; hoje ri, amanhã chora de
remorso, de angústia e tristeza; hoje parece tranquilo e sereno, amanhã furioso
como o tigre. E por que? Porque seu contentamento depende das coisas boas ou
más que lhe acontecem, e, por isso, mudam segundo sopram os ventos favoráveis
ou contrários. O justo é como o sol,
sempre sereno e tranquilo, porque sua paz está fundada na conformidade de sua
vontade com a vontade de Deus. Podemos gozar aqui na terra de um paraíso
antecipado, pois esta paz causa alegria plena, e foi exatamente o que aconteceu
aos santos, independente do que passavam; é uma alegria que o mundo não
compreende mas que pode e deve estar no coração daquele que tudo se conforma a
Deus, e nada, nem a dor, nem a fome, nem a tribulação, haverá de tirar esta paz
e impedir que se cumpra de fato a vontade de Deus em sua vida”( LIGÓRIO, Santo
Afonso Maria de Ligório. Conversando Sobre a Vontade de Deus. Editora
Santuário: Aparecida. 1986)
“Quem poderá resistir à vontade de Deus? diz,
constatando que ninguém pode impedir que se cumpram os decretos divinos, e que
por isso, sábio é aquele se deixa conduzir por Deus em todos as ocasiões de sua
vida, e que todos os homens, grandes ou pequenos, ricos e pobres deverão
carregar sua cruz. Os que carregam cheios de revolta, sem amor, terão neste
mundo uma vida inquieta, vazia, e na outra terão sofrimentos maiores, é o que
se lê no livro de Jó: “Deus é sábio de coração, forte e poderoso, quem lhe
poderá resistir impunemente?”(Jó 9,4).
Usa a palavra de Santo Agostinho:
“Que buscas, ó homem, buscando bens e mais bens? Ama e busca, o único bem
verdadeiro, no qual estão todos os bens. Busca Deus, entrega-te a Ele, abraça a
sua santa vontade e viverás sempre feliz, nesta e na outra vida”.
Lendo seus
escritos, a pergunta que nos vem é esta: poderemos encontrar um amigo que nos
ame mais que Deus? Faz-nos entender que
todo o desejo e empenho do Senhor, é de
que ninguém se perca, pois sendo Deus por natureza, a bondade infinita, a
própria bondade, e sendo próprio dela se comunicar a outros, Ele só deseja nos
fazer participantes de seus bens e de sua eterna e infinita felicidade. Depois
que Deus ofereceu ao mundo a salvação em Seu Filho Jesus Cristo
pela Igreja, poderá negar-nos alguma coisa? “Se Deus é por nós, quem será
contra nós?” Portanto, nos diz Santo Afonso: “se queres ser agradável ao Senhor
e levar neste mundo vida feliz e tranquila, procura estar unido, sempre e em
todas as coisas, à vontade do Senhor e permanece fiel à oração nunca se
esqueçendo de que todos os pecados, desordens e angústias de tua vida passada
tem raiz e fundamento o te haveres separado da vontade de Deus. Apega-te de hoje em diante à vontade divina e
em tudo que te acontece reza como Jesus Cristo: “Sim, ó Pai, porque isso foi do
teu agrado” (Mt 11,26). Quando as humilhações e depressões pesarem, que teu
espírito cheio de humildade e de conformidade diga a Deus: “Calo-me, já não
abro a boca, porque sois Vós que operais” (Sl 38,10.) A isto deves orientar
todos os teus pensamentos e orações, pedindo sempre ao Senhor, na meditação, na
comunhão, na visita ao Santíssimo Sacramento, que tudo te ajude a cumprir a
vontade d’Ele, dizendo: “Aqui me tendes, Meu Deus, fazei de mim o que
quiserdes!” Santa Teresa assim o fazia, oferecendo-se a Deus muitas vezes por
dia
Santo Afonso
por estar em contato com os homens que tanto precisam da graça de Deus e muitas vezes envoltos em sofrimentos físicos,
nos exorta a ficarmos firmes mesmo na doença. Ele nos diz que a enfermidade é a
pedra de toque dos espíritos humanos, porque a seu contato se descobre a
virtude, o valor que uma alma tem em si. Se suporta a provação sem
perturbar-se, sem lamentar-se nem inquietar-se; se obedece ao médico e aos
superiores; se permanece tranquila e resignada à vontade de Deus, é sinal que a
virtude é sólida. De nada adiantará a murmuração, o lamento, as queixas, já que
a alma não crescerá em virtude e não fará com isso a santa vontade de Deus,
tornando seus tormentos maiores e pouco frutuosos, já que poderia te-los usados
para sua própria santificação.
Devemos
também resignar-nos à vontade de Deus nas desolações e securas espirituais.
Quando uma alma se entrega à vida de justiça e santidade, o Senhor constuma mandar-lhe
todo o gênero de sofrimentos e de desolações espirituais. Por que,? nos
pergunta o santo – Para desprende-la dos prazeres da vida, responde: -“Para ver se nosso amor é verdadeiro,
desinteressado; para testar nossa fé e nossa fidelidade; para ver se procuramos
“O Deus das consolações ou as consolações de Deus”. Santo Afonso mostra-nos,
sempre em seus escritos, os exemplos dos
santos que sofreram muitas desolações e securas espirituais. “Que duro está meu
coração, exclamava São Bernardo; não tenho gosto nem para ler, não encontro
consolo nem na oração nem na meditação”. Mas eles sabiam que as verdadeiras
alegrias, santas e ternas, Deus as reserva para o céu. Esta terra é lugar de
merecimento, ao passo que o paraíso é o lugar de prêmio e descanso, de repouso
no Senhor.
Finalmente,
Santo Afonso nos exorta que devemos nos resignar-nos à vontade de Deus, quando
a morte nos visitar, seja quanto ao tempo, ao lugar e ao modo. Viver procurando
a Sua vontade em todas as circunstâncias de nossa vida é sinal de grande
sabedoria cristã. Quer na vida, quer na morte, quer no tempo, quer na
eternidade, nossa felicidade está na realização da vontade divina. Assim
procediam Jesus, Nossa Senhora e todos os santos, querem exemplos melhores? O
temor de perder a Deus nos faz sermos vigilantes e sempre dispostos a jamais
perder a graça alcançada.
Quem ama
deseja a presença da pessoa amada. O amor requer presença. E como “quem não
morre não vê a Deus”, devemos suspirar e não temer, como os santos pela hora da
morte libertadora para entrarem no paraíso. Santo Agostinho rezava pedindo a
salvação: “Morra eu, Meu Deus, para ir ver-te!”…E São Paulo desabafou: “Desejo
partir para estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor”( Fl 1,23). E o
profeta Davi, muitos séculos antes do Apóstolo, suspirava: - “A minha alma tem
sede do Senhor, do Deus Vivo. Quando poderei chegar, para contemplar a face de
Deus”(Sl 41,3). Assim falavam e rezavam todas as almas enamoradas do Senhor da
vida.
Devemos, no
dizer de Santo Afonso, aspirar os bens espirituais -, Esta ambição que deve
cultivar no coração: amar a Deus o máximo que puderes. Todavia não se deve
desejar um grau de amor maior do que aquele que o Deus de amor determinou nos
conceder desde toda a eternidade. Disse o bem-aventurado Pe. João de Ávila: -
“Não creio que tenha existido um santo que não desejasse ser melhor do que era.
Mas isso não lhe tirava a paz e estava sempre contente com os dons recebidos”.
Por outro lado, exorta-nos a que sejamos diligentes e fervorosos em procurar nossa
perfeição, usando todos os meios ao nosso alcance. Não devemos permitir jamais
que a rotina e a tibieza invadam nossa vida espiritual e religiosa, dizendo:
“Se Deus quiser, tudo vai dar certo”…”Deus é Pai e misericordioso”.
Bens espirituais: o verdadeiro tesouro. |
Santo Afonso
insiste em nos dizer que não devemos nos deixar levar pelo desânimo e arrastar
fraquesas, sem fazer esforço algum para romper com o egoísmo e os pecados. Sem
perder a coragem, o ânimo e a confiança em Deus, com humildade, paciência e
firmeza, procurando valer-nos da oração e dos sacramentos, do Evangelho e da
devoção a Nossa Senhora, prosseguindo a caminhada para o alto. Que não percamos
tempo desejando coisas sublimes como êxtases, visões, revelações, arroubos e
outros dons sobrenaturais, o que interessa é a graça da oração, o amor de Deus
e zelo pela salvação dos irmãos. E se não for do agrado de Deus levar-nos a tão
sublime grau de perfeição e glória, tudo bem; o mais importante é o cumprimento
de Sua vontade santa e santificadora.
Em suma,
devemos olhar como vindas das mãos de Deus todas as coisas que nos sucedem ou
nos podem atingir. Todas as nossas ações sejam orientadas ao único fim de
agradar a Nosso Senhor e de cumprir sua santa vontade, ela é o caminho mais
seguro e firme que nos leva à justiça e à santidade. Para termos êxito neste
caminho, pede que deixemo-nos guiar por nossos superiores e pela direção
caridosa e sensata de nosso conselheiro espiritual. Que esforcemo-nos por servir ao Senhor do modo
que Ele deseja, para que evitemos um engano muito comum, engano e erro em que
muitos ainda estão, perdendo lastimosamente seu tempo precioso, alimentando
fantasias, pensamentos tolos e dizendo ainda: “Se eu entrasse para o convento,
para a vida religiosa, se me retirasse para um lugar solitário, fora de casa e
longe dos amigos e dos parentes, eu me faria santo; eu me dedicaria mais à
oração e à penitência!”…Contentam-se com dizer: “Eu me faria santo…eu me faria
santo!” E, no entanto, não levam a cruz com amor, paciência e conformidade; não
aceitam a vontade de Deus.
Santo Afonso
nos diz que cumprindo à risca a vontade do Senhor, certamente seremos santos,
em qualquer estado ou situação de vida.
Que não queiramos mais do que Deus quer e, então, Ele levará o nosso
nome gravado em suas mãos e em seu coração. Tenhamos sempre em mente algumas
passagens da Escritura, que nos convidam a entrar no esquema da vontade divina:
”Senhor, que queres que eu faça?”( At 22,10); “Sou vosso, salvai-me”(Sl
118,94); Sim, Pai, eu vos bendigo, porque foi do vosso agrado fazer isto”(Mt 11,26).
Mas entre todas as orações, é esta que devemos repetir e viver todo dia e todo
momento: ”Seja feita a vossa vontade” – Seja para sempre bendita e louvada a
vontade do Senhor, como também a Imaculada e bem-Aventurada Virgem Maria”. A
Virgem que ele tanto amou e reverenciou. Em Santo Afonso havia um amor profundo
à Nossa Senhora e à Santíssima Eucaristia. Enfim, Santo Afonso nos deixou um
legado enorme e le-lo nos faz vislumbrar o Céu e desejar ardentemente, fazer a
santa vontade de Deus.
Santo Afonso – Rogai por nós!
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