Dom Fernando
Arêas Rifan
Bispo da
Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
Semana passada, foi
objeto de votação na Câmara Federal a introdução da ideologia de gênero no
Plano Nacional de Educação. Devido a forte e sadia oposição, inclusive com
manifestações organizadas, - faixas e cartazes com dizeres “Não ao Gênero e sim
ao Sexo”, “Não à ideologia do gênero”, nas mãos de cerca de duzentos jovens, -
foi feito um pedido de vistas e a matéria deve retornar amanhã à pauta da
Comissão Especial.
A ideologia de
gênero quer eliminar a ideia de que os seres humanos se dividem em dois sexos,
afirmando que as diferenças entre homem e mulher não correspondem a uma
natureza fixa, mas são produtos da cultura de um país, de uma época. Algo
convencional, não natural, atribuído pela sociedade, de modo que cada um pode inventar-se
a si mesmo e o seu sexo.
O feminismo do
gênero, que promove essa ideologia, procede do movimento feminista para a
igualdade dos sexos. A ideologia de gênero, própria das associações LGBT,
baseia-se na análise marxista da história como luta de classes, dos opressores
contra os oprimidos, sendo o primeiro antagonismo aquele que existe entre o
homem e a mulher no casamento monogâmico. Daí que essa ideologia procura
desconstruir a família e o matrimônio como algo natural. Em consequência, promovem
a “livre escolha na reprodução”, eufemismo usado por eles para se referir ao
aborto provocado. Como “estilo de vida”, promovem a homossexualidade, o
lesbianismo e todas as outras formas de sexualidade fora do matrimônio. Entre
nós, querem introduzir essa ideologia, usando o termo “saúde reprodutiva”. E
usam a artimanha de palavras, especialmente “discriminação” e "luta contra
o preconceito”. Sob esse nome sedutor – pois todos somos contra a discriminação
injusta e o preconceito – querem fazer passar a ideologia do gênero, a ditadura
do relativismo moral, estabelecendo uma nova antropologia anticristã, sob o
nome de democracia. O art. 2º, III, desse Plano Nacional de Educação estabelece
que a ideologia de gênero será implementada obrigatoriamente em todas as
instituições escolares públicas, privadas e confessionais nas metas,
planos e currículo escolar, inclusive no
material didático sem que os pais ou professores possam ser opor.
Essa campanha é
internacional. Na Itália, por exemplo, os folhetos distribuídos nas escolas
pretendem ensinar a todos os alunos que “a família pai-mãe-filho é apenas um
‘estereótipo de publicidade’; que os gêneros masculino e feminino são uma
abstração; que a leitura de romances em que os protagonistas são heterossexuais
é uma violência; que a religiosidade é um valor negativo; chega-se ao ridículo
de censurar os contos de fadas por só apresentarem dois sexos em vez de seis
gêneros, além de se proporem problemas de matemática baseados em situações
protagonizadas por famílias homossexuais”.
Você também está
convidado a reagir contra essa ditadura ideológica, assinando a petição aos
deputados, pedindo a não inclusão da Ideologia de Gênero no PNE. Basta clicar
no link http://www.citizengo.org/pt-pt/5312-ideologia-genero-na-educacao-nao-obrigado.
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