Por Bruno Dornelles.
Jesus Cristo, em dado momento com os apóstolos,
disse: "Ninguém põe um remendo de pano novo numa veste velha, porque
arrancaria uma parte da veste e o rasgão ficaria pior.
Não se coloca tampouco vinho novo em odres velhos;
do contrário, os odres se rompem, o vinho se derrama e os odres se perdem.
Coloca-se, porém, o vinho novo em odres novos, e assim tanto um como outro se
conservam." (Mt 9:17)
Que existe uma nova direita em formação no Brasil,
disso não restam dúvidas. Grupos de internet que até dois anos atrás não
possuiam qualquer relevância, hoje se tornaram grandes chamariscos para
artistas como Lobão e Danilo Gentili, dando também partida a uma espécie de
"união fria" entre grupos liberais e conservadores. Contudo, em meio
a idéias de consenso como o combate a programas utilitaristas e eleitoreiros da
esquerda, corte de tributação e combate ao monopólio estatal, a liberdade
religiosa parece cada vez mais parece ser um divisor de águas a se evitar.
Falar de religião nunca foi fácil no Brasil. Dentro
da Igreja Católica a disseminação teológica de Leonardo Boff e da Teologia da
Libertação, de uma mentalidade de que o paraíso deve ser necessariamente na
terra, esvaziou o velho discurso tradicional de comparecimento na Missa de
Domingo - o "Dia do Senhor - resultando, assim, em uma maioria de
católicos que hoje se dizem não praticantes. E, se não se pratica a fé,
naturalmente, não há de nascer um levante pelo direito de ter fé.
Com os evangélicos, parece ser ainda pior. A
popularização e o lobby dos Movimentos LBGT no entretenimento e na mídia atacam
cada vez mais este grupo cristão com paródias caricatas, personagens radicais e
aquele velho jargão de que "todo pastor está de olho no dízimo". Isso
ocorre justamente porque a comunidade evangélica é a única verdadeira
sobrevivente da representação política conservadora no Brasil. Destruindo-a,
restará à bancada do agronegócio - o outro grupo "de direita" no
parlamento - curvar-se aos pés da esquerda marxista ou daquela que se diz
social-democrata, para ver atendidas as suas demandas para a produção
agropecuária, o que já acontece.
Por outro lado, não é somente a representação
política da direita que está em cheque, é a própria liberdade religiosa, que é
pouco trazida à discussão. Grupos influenciados pela esquerda mundial e pelos
Black Blocs já atacam, sem pudor ou tolerância, templos cristãos na Argentina e
no Chile, num verdadeiro show de intolerância a aqueles que, ao invés de
responderem na força, preferem apenas o silêncio e a discrição da oração do
rosário. Logo, trata-se apenas uma questão de tempo para esses ataques se
iniciarem aqui no Brasil.
Ora, se a finalidade desse movimento de direita que
surge é o bem comum, a liberdade da pessoa humana e o direito à felicidade -
sem que haja intervenção estatal ou de grupos minoritários -, como esses
elementos não poderiam contemplar a defesa de uma verdadeira multidão que
compõe as religiões cristãs no Brasil?
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