Por Pedro Brasilino
Na mensagem dirigida aos
peregrino em Roma nos dias de sua renúncia, Bento XVI disse que, em poucas
horas não seria mais o Papa, "mas
um simples peregrino encerrando seu caminho nesta terra". Em outro
momento público disse, "não abandono
a cruz, sigo de uma nova maneira com o Senhor Crucificado, sigo a seu serviço
no recinto de São Pedro". Bento XVI em sua humildade nos ensina que
somos peregrinos por vocação Divina e é, precisamente, Deus quem deve nos
mostrar o nosso lugar na Igreja e no mundo.
A primeira Jornada Mundial da
Juventude, realizada em Roma em 1986, teve como lema "Estejam sempre
preparados para responder a qualquer um que lhes pedir a razão da esperança que
há em vocês"(1Pd 3, 15). A JMJ surgiu como um vento forte do Espírito
Santo de Deus, sob o pontificado de João Paulo II, e agora no ano em que
completará 30 anos de existência, em 2016 Cracóvia-Polônia, a festa dos jovens
católicos tem viagem marcada para visitar a terra do pontífice precursor da JMJ.
O fato é que somos todos
peregrinos, como bem nos ensinou o nosso agora Papa Emérito Bento XVI, e de
certo modo a Jornada nunca acaba, apenas muda de sede – e de vez em quando de
Papa. Desse modo, em cada edição nos diferentes países, promovem um ambiente
precioso para que cada peregrino descubra ou confirme seu lugar a serviço do
recinto de São Pedro.
No Rio de Janeiro, na edição
desse ano, vimos um Papa recém conhecido e oriundo de um lugar muito próximo –
a Argentina – e que teve a imagem na mídia rapidamente estabelecida com grande
aprovação. A JMJ em sua vigésima oitava edição tomou corpo dentro da realidade
da Igreja de Cristo e tornando-se mais do que a forma da Igreja falar com o
jovem, mas, sobretudo, tornou-se uma forma alegre e eficiente do jovem falar e
dar testemunho de sua vivência e amor pela Igreja.
De forma inequívoca o Papa
Francisco destinou buscar doar-se aos outros e evangelizar sem medo, foi a
missão dada a todos os jovens durante a homilia da Missa de Envio da Jornada
Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. "Não
tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho, a sua
fé", disse.
De acordo com o Santo Padre, O
Senhor convida os jovens a serem discípulos em missão! “Ide, sem medo, para servir”, ensinou. "Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens?
Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido por vocês!", completou.
O Papa Francisco disse ainda que o Senhor envia os jovens às outras pessoas
para que possam levar o Cristo a todos, inclusive aos que parecem mais
distantes e mais indiferentes. "O
Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da sua misericórdia e do
seu amor", explicou.
A Jornada Mundial da Juventude é
fruto da tradição inserida na história e da Divina Providência do Senhor, é uma
realidade tangível da ação do Espírito Santo na Igreja de Cristo. O exemplo do
nosso Papa Emérito nos ajuda a entender que devemos escutar o chamado do
Senhor, a fim de realiza-la. Qualquer um que se sinta chamado a estar na
Polônia, em 2016, deve começar sua preparação o quanto antes. Contudo, o mais
importante é percebermo-nos todos peregrinos caminhando corajosamente sem
jamais abandonar a cruz e seguindo sempre com o Senhor Crucificado.
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