sábado, 21 de fevereiro de 2015

Escolas de samba: a inegável simbiose com a criminalidade e a imoralidade.


Por Paulo Henrique Cremoneze.

Eu nunca comento nada sobre carnaval e desfiles de escolas de samba porque não curto um e acho muito chato e sem graça os outros.

Limito-me a respeitar o gosto alheio, por mais que não comungue dele, afinal não tenho a primazia do bom gosto e a acidez nesse quesito nada mais seria do que um esnobismo arrogante eivado de tosco sentimento de pseudo superioridade cultural.

Mas, abro exceção.

Isso porque muita gente demonstra indignação pelo fato de a escola vencedora deste ano ter sido patrocinado por um ditador africano.

Lembro que, anos antes, salvo engano, Chavez também patrocinou uma escola de samba.

Lembro que TODAS as escolas têm em seus quadros, oficial ou oficiosamente, benfeitores vinculados ao narcotráfico, ao contrabando de armas de fogo e ao jogo do bicho.

Lembro que muitos dos seus membros são membros de organizações criminosas.

Lembro que as "comunidades" que as compõem não se pautam exatamente pelos valores morais fundamentais e não são exemplares e retas suas condutas cotidianas.

Ditador Africano acompanhando desfile das Escolas de Samba.
Lembro que todas recebem subsídios dos Poderes federal, estadual e municipal (os dois últimos do Rio de Janeiro), supostamente por atraírem recursos turísticos, sendo que as contas precisas do suposto retorno nunca foi exibida ao público em geral.

Lembro que alguns comportamentos imorais reverberados na sociedade em geral nasceram nos desfiles de escolas de samba, fomentadoras que são da vulgaridade populista, tão sequiosamente desejada pelos políticos venais.

Lembro que quase todos seus membros são favelados e parecem não se incomodar com isso. Se os recursos e os esforços despendidos ao longo do ano para um mero desfile de samba (sempre de gosto duvidoso e nenhum retorno cultural, salvo a "glória do efêmero") fossem empregados nos redesenhos das favelas, essas chagas expostas do caldeirão urbano carioca seriam cicatrizadas e o conceito de "comunidade" deixaria de ser mero eufemismo para ser algo concreto, aí sim alçando o Rio de Janeiro à condição (por enquanto um "ufanismo de oportunidade") de uma das vinte cidades grandes mais bonitas do mundo. Nenhuma cidade com tantas favelas pode ser realmente bela, seja aos olhos, seja ao plano moral.

Enfim, com tantas lembranças, há o que se espantar no patrocínio de um ditador sangrento e de viés socialista?


Imoralidade atrai imoralidade, simples assim!

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