Dom Fernando
Arêas Rifan.
Bispo da
Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
Teve início, com o dia dos pais, a Semana Nacional da
Família, de 9 a 15 de agosto. O tema central deste ano é “O amor é a nossa
missão: a família plenamente viva”. “A temática família perpassa o ano todo,
sendo uma reflexão transversal de toda ação evangelizadora da Igreja. A escolha
de uma semana especial sobre a família é justamente para a reflexão não ficar
apenas no âmbito eclesial, mas se trata de uma oportunidade de oferecer também
à sociedade o debate referente aos desafios da família”... “A Semana
Nacional da Família é um evento que vem crescendo a cada ano. Ela acontece num
contexto importante de agosto, mês vocacional. É um mês que faz referência às
diferentes vocações como a vida consagrada, dos pais, religiosos” explica o
Bispo de Osasco (SP) e presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB,
Dom João Bosco Barbosa.
“A família é a base da sociedade e o lugar onde as pessoas aprendem pela primeira vez os valores que os guiarão durante toda a vida”, dizia São João Paulo II. O Papa Bento XVI, no Encontro Mundial das Famílias, em Valência, Espanha, afirmou que “esta é uma instituição insubstituível segundo os planos de Deus e cujo valor fundamental a Igreja não pode deixar de anunciar e promover, para que seja vivido sempre com sentido de responsabilidade e alegria”.
Naquele memorável encontro mundial das famílias, refletiu-se no tema “a transmissão da Fé na família”. “Nenhum homem se deu o ser a si mesmo nem adquiriu sozinho os conhecimentos elementares da vida. Todos recebemos de outros a vida e as verdades básicas para ela, e estamos chamados a alcançar a perfeição em relação e comunhão amorosa com os demais. A família, fundada no matrimônio indissolúvel entre um homem e uma mulher, expressa esta dimensão relacional, filial e comunitária, e é o âmbito no qual o homem pode nascer com dignidade, crescer e desenvolver-se de maneira integral”. E o Papa emérito corroborava seu ensinamento com os exemplos bíblicos de Ester e de São Paulo: “Ester confessa: ‘No seio da família, ouvi desde criança, Senhor, que escolheste Israel entre todos os povos’ (4, 16). Paulo segue a tradição dos seus antepassados judeus prestando culto a Deus com consciência pura. Louva a fé sincera de Timóteo e recorda-lhe: ‘a tua fé, que se encontrava já na tua avó, Loide, e na tua mãe Eunice e que, estou seguro, se encontra também em ti’ (2 Tm 1, 5). Nestes testemunhos bíblicos a família compreende não só pais e filhos, mas também avós e antepassados. Assim, a família se nos apresenta como uma comunidade de gerações e garantia de um patrimônio de tradições”.
E o Papa Francisco nos recorda o quanto “é importante que os pais cultivem as práticas comuns de fé na família, que acompanhem o amadurecimento da fé dos filhos” (Carta Enc.Lumen Fidei, 53). E nos ensinou a rezar assim: “Sagrada Família de Nazaré, tornai também as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, escolas autênticas do Evangelho e pequenas Igrejas domésticas”.
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