Por André
Brandalise
Sinopse: O bioquímico dr. Hank Pym (Michael
Douglas) usa sua mais recente descoberta, um grupo de partículas
subatômicas, para criar uma roupa de alteração de tamanho. Com sua nova
tecnologia, o doutor passa a ter a capacidade de diminuir em escala mas crescer
em força. É então que o vigarista Scott Lang (Paul Rudd) precisa assumir o lado
heróico e ajudar seu mentor a proteger os segredos por trás do espetacular
traje do Homem-Formiga de uma nova geração de ameaças. Juntos, precisam salvar
o planeta.
A Marvel segue o
caminho traçado em Guardiões da Galáxia e traz mais um filme
divertido, que não se leva a sério e, ao mesmo tempo, se leva a sério. Não se
pode, de forma alguma, desmerecer o filme por se imaginar a impossibilidade
científica de um homem normal tornar-se do tamanho de uma formiga, antes disso,
devemos olhar elo lado pessoal de cada personagem.
É claro que se trata
de mais um filme de herói fantástico, empolgante e divertido, que também
apresenta um homem buscando a redenção. Depois de sair da prisão,
após cumprir sua pena, o personagem principal, Scott Lang, tenta reconstruir a
sua vida pensando em sua filha. Quer fugir do crime e opta pela mudança de
caminho.
Muitos de nós passamos
por isso, todo dia, a vida toda, quando somos colocados à prova diante de
situações de pecado que aparecem à nossa frente. Algumas vezes caímos e
temos sempre a chance de buscar a remissão de nossos pecados, o perdão
divino de nossos erros.
O mesmo vale para
aqueles que cometeram crimes e foram presos. No entanto, assim como para se ter
uma boa confissão, a mudança de vida somente ocorrerá se houver uma decisão
pessoal e firme de mudança de vida. Não é a prisão ou qualquer outra
Instituição que vai fazer com que a pessoa mude, pois isso somente ocorrerá
quando ela decidir mudar.
São João Paulo II já
nos falou sobre isso na Exortação
Apostólica Reconciliatio et Paenitentia:
“No fundo de cada situação
de pecado, porém, encontram-se sempre pessoas pecadoras. Isto é tão
verdadeiro que, se tal situação vier a ser mudada nos seus aspectos estruturais
e institucionais pela força da lei, ou — como acontece com mais frequência,
infelizmente — pela lei da força, a mudança revela-se, na realidade,
incompleta, de pouca duração e, no fim de contas, vã e ineficaz — para não
dizer mesmo contraproducente — se não se converterem as pessoas direta ou
indiretamente responsáveis por essa mesma situação.”
O filme nos traz
essa realidade, ainda que de forma divertida, onde pessoas que passaram
pela prisão acabam retornando à vida do crime, e somente há a mudança de
caminho quando tomam a decisão verdadeira de não caírem mais no erro.
Um ponto
interessante é que, para Scott Lang mudar de vida,
teve que fazer-se pequeno… literalmente. Claro que não foi intenção do
roteiro fazer este paralelo, mas, com certeza, seria algo a se pensar neste
processo de transformação.
Como fã de
quadrinhos e bons personagens, digo para ir ao cinema porque é diversão
garantida. Como católico, recomendo que veja para reflexão sobre o que
te move para ser uma pessoa melhor e se está fazendo de tudo para isso.
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