Por André
Brandalise
“O meu passado, Senhor, à Tua misericórdia. O meu
presente, ao Teu amor. O meu futuro, à Tua Providência” (Santo Padre Pio de
Pietrelcina)
Sinopse: Tim
(Domhnall Gleeson) faz parte de uma família de viajantes do tempo. Após
descobrir o seu dom, ele passa a usá-lo em seu próprio proveito, principalmente
para conquistar mulheres. É aí que ele conhece Mary (Rachel McAdams), uma
garota linda, porém insegura. Usando suas habilidades nada convencionais, ele
altera o tempo para construir uma linda história de amor. Mas ele também vai
perceber que nem tudo está sob o nosso domínio.
Algumas vezes nos
deparamos com filmes que tratam dessa temática: a volta no tempo e mudança de
decisões e atos que acabam repercutindo no futuro. O primeiro ótimo registro
desse tema foi com o livro de H.G. Wells, “A Máquina do Tempo”, que já foi
adaptado para o cinema algumas vezes. Também tivemos a ótima trilogia “De Volta
para o Futuro”, em que acompanhamos Marty McFly tentando salvar o passado,
presente e futuro de uma vez só.
Nesta produção temos
contato novamente com esta temática, em que o rapaz descobre que tem o dom de
voltar ao passado e alterar os atos, o que, com certeza, gera consequências no
presente e futuro. É uma solução fácil para aqueles que se arrependem de algo
que fizeram, ou então, uma forma de evitar sofrimentos.
Todo esse vai e vem
no tempo, durante o filme, nos leva a acompanhar ótimas experiências, como a
excelente relação entre pai e filho e o que isso gera na vida deles no presente
e futuro (inclusive com uma nova geração vindo), torcendo para que o jovem
protagonista consiga viver sua vida com felicidade, corrigindo erros do passado
ou melhorando situações do presente, ainda que fúteis, inclusive com alguns
momentos cômicos.
Tudo isso nos leva a
pensar o que mudaríamos no nosso passado… Mas, creio que nenhum dos leitores
tem este dom de voltar ao passado, então, para cada um de nós vale lembrar as
palavras de Gandalf em “O Senhor dos Anéis”:
“O que nos cabe é decidir o que fazer com o tempo que nos é dado”.
Seria ótimo podermos
retornar e apagar de nossa história os erros que cometemos, mudar as situações
vexatórias que passamos, impedir que viéssemos a conhecer pessoas que nos
causassem mal, entre tantas outras coisas, mas como não podemos, devemos
aprender com o passado, confessar nossos pecados (quando arrependidos) e, no
presente, agirmos pensando em nosso futuro, mas cientes de que este a Deus
pertence.
O Papa Francisco, em
uma de suas homilias na Casa Santa Marta, diz que toda a nossa vida está
fundada em três pilares: um no passado, um no presente e outro no futuro. O
pilar do passado, explicou, “é o da eleição do Senhor”, que Ele nos disse
“venha”. O futuro, ao invés, diz respeito ao “caminhar rumo a uma Promessa”, o
Senhor “fez uma promessa conosco”. Por fim, o presente “é a nossa resposta a
esse Deus tão bom que nos elegeu”.
E finalizou assim:
“Esquecer o passado, não aceitar o presente,
desfigurar o futuro: é o que fazem as riquezas e as preocupações. O Senhor nos
diz: ‘Estejam tranquilos! Busquem o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo o
mais lhes será acrescentado. Peçamos ao Senhor a graça de não errar com as
preocupações, com a idolatria da riqueza e de sempre lembrar que temos um Pai,
que nos elegeu; lembrar que este Pai nos promete uma coisa boa, que é caminhar
rumo àquela promessa e ter a coragem de aceitar o presente como vem. Peçamos
essa graça ao Senhor!”
Vale a pena assistir
este filme, seja para refletirmos conforme colocado acima, ou apenas pelo bom
filme que é.
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