sábado, 4 de julho de 2015

Brasil já tem mais cães do que crianças.


Por Ivanaldo Santos

No início do mês de junho de 2015 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) revelou os dados de uma questão incluída na Pesquisa Nacional de Saúde realizada em 2013, mas que, por razões diversas, só agora vieram a público. Esses dados demonstraram que no Brasil o número de cães superou o de crianças. Segundo esses dados, em média, de cada 100 famílias no país, 44 criam algum cachorro, enquanto 36 têm crianças. Em números relativos, existem 52 milhões de cães, nos lares brasileiros, contra 45 milhões de crianças com idade entre zero a 14 anos. Diante da revelação desse quadro, realizam-se sete comentários.

1)                     O Brasil está alcançando os índices de crescimento e envelhecimento populacional dos países desenvolvidos do Ocidente. Por exemplo, a taxa de crescimento nos EUA e no Canadá é de 1,8% filhos por habitante, a da França é de 1,7% e a do Japão é de preocupantes 1,6%. O Brasil envelheceu e as mulheres têm bem menos filhos. O país envelheceu, mas não enriqueceu. E isso é muito grave. Devido à riqueza, os países desenvolvidos do Ocidente terão, por algumas décadas, um “colchão” para suportar o alto índice de envelhecimento e a baixa taxa de natalidade, mas o Brasil, mergulhado em crises, em atrasos e em corrupção, se continuar seguindo o modelo: Muitos Idosos e Poucos Jovens (MI-PJ), terá graves crises econômicas e políticas. Quem vai cuidar dos nossos idosos? Quem cuidará dos jovens?
2)                     Vale salientar que, de acordo com especialistas em demografia, a taxa mínima de crescimento da população, para não haver grandes crises humanas, de saúde, econômicas e de outras naturezas, é de 2,2%. Daqui a algumas décadas os países do Ocidente irão enfrentar graves problemas devido ao envelhecimento da população e a falta de jovens. Uma dessas crises é o despovoamento e a ameaça de invasões estrangeiras, especialmente a invasão do Islã, que é, de longe, a maior força jovem e populacional (cada mulher muçulmana tem, em médio, entre 6 e 8 filhos) capaz de conquistar e dominar grande parte do Ocidente apenas pelo simples processo de substituir a envelhecida população ocidental pelos jovens islâmicos. No caso do Brasil esse quadro é mais grave. O Brasil não possui as reservas financeiras e nem os exércitos bem armados e treinados dos países do Ocidente. Como o país vai deter a invasão islâmica, a qual já está em curso em várias partes do mundo? Como o Brasil vai lidar com as políticas expansionistas de países, como, por exemplo, a China, a Rússia e a Turquia? Vislumbra-se um futuro cheio de problemas, crises e até mesmo de guerras para as próximas gerações.
3)                     O Brasil conseguiu reduzir sua taxa de natalidade para 1, 9% filhos por mulher sem legalizar o aborto. No início do século XX, o aborto foi apresentado como a estratégia mais eficiente para se combater o crescimento populacional e foi uma arma estratégia, no pós-década de 1950, para diminuir a taxa de natalidade em muitos países. No Brasil o aborto continuar sendo crime e, contrariando as previsões dos especialistas em controle populacional, o país conseguiu reduzir para 1,9% a taxa de fecundidade. Esse fato coloca que cheque a eficiência do aborto como arma de controle populacional e demostra que é possível sim haver políticas mais éticas e humanas para diminuir a taxa de fecundidade sem recorrer à crueldade do aborto.
4)                     O Brasil foi uma espécie de “laboratório” das novas políticas de controle populacional e de engelharia social que incluem, entre outras coisas, uma critica exagerada, um processo de demonização, a família, ao casamento, a gravidez e a maternidade, a ampla difusão da homossexualidade, a difusão dos “novos arranjos familiares” (casal gay, família composto de uma única pessoa, família composto por um indivíduo e o seu cão de estimação, etc) e a criação de uma quase cultura de horror ao casamento e a ter filhos. Hoje em dia, qual jovem no país quer casar e ter filhos? Se, de um lado, a estratégia do aborto foi um fracasso no Brasil, do outro lado, as novas políticas de controle populacional e de engelharia social (casal gay, etc) está sendo um sucesso. Como “laboratório”, o Brasil é uma prova que é possível mudar toda uma cultura, toda uma sociedade, levar essa sociedade quase ao nível da extinção sem que, no entanto, haja grandes questionamentos, sem haver lutas internas, insurreições ou revoltas armadas.  
5)                     Cai por terra a tese que o brasileiro tem uma cultura de rebelião, que não segue ou não se adequa as normas e exigências vindas do exterior. Hora, nos últimos 40 anos o país tem sido algo de um constante e bem sucedido plano, construído no exterior, de diminuição radical de sua taxa de fecundidade e de envelhecimento da sua população. No entanto, a grande maioria da população, que segue algum tipo de padrão de controle social (novelas, professores de faculdades, escritores da moda, etc), não sabe do que realmente está acontecendo no país e os poucos indivíduos que denunciam essa catástrofe são rotulados de “loucos”, “conservadores” e “fundamentalistas”. O Brasil é uma prova que é possível colocar em prática os planos do controle populacional global e, ao mesmo tempo, iludir e alienar a população local.
6)                     Num cenário onde haverá, nas próximas décadas e em muitos países, incluindo o Brasil, uma população envelhecida e poucos jovens, o grupo humano que tiver filhos, uma taxa de fecundidade acima de 2, 2% por mulher, será o grande ganhador. Esse grupo irá ocupar os espaços físicos, sociais e econômicos que não podem mais serem ocupados fisicamente pela população envelhecida e sem forças. 

7)                     No Brasil e em muitos países do Ocidente vemos um fracasso da Igreja. A doutrina da Igreja é provida e pró-família. Historicamente a Igreja tem anunciado a mensagem de Jesus Cristo passeada, em muitos aspectos, na passagem bíblica que diz: “Cri e, por isso, falei; nós cremos também, por isso também falamos" (II Coríntios 4, 13). Por isso, ela tem incentivado a formação de famílias, a natalidade e a criação dos filhos. Nos últimos 2 mil anos a Igreja teve um papel chave no crescimento populacional, na manutenção da taxa de natalidade e na criação dos filhos. O problema é que atualmente a Igreja tem se esforçado, ao máximo, para ser considerada moderna, para ser aceita e se enquadrar no mundo pós-ocidental e neopagão. A consequência disso é que a Igreja pouco cobra, dos seus fiéis, o casamento, a natalidade e a criação dos filhos. Em grande medida, a Igreja passou a falar de um conceito abstrato de família, setores progressistas e de vanguarda teológica defendem os “novos arranjos familiares” (casal gay, etc) e, por incrível que pareça, os setores que defendem a moral tradicional da Igreja sobre a família, o casamento e ter vários filhos; são rotulados de “conservadores”, “fundamentalistas” e “anti-modernos”’. Com isso, a Igreja vai se enquadrando dentro do controle populacional global e contribuindo para o envelhecimento da população e para as muitas crises (econômica, política, civil, etc) que se aproximam. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário